Política

Audiência pública na Alba discute privatização da Chesf e da Eletrobrás

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Evento foi realizado pela Comissão Especial de Desenvolvimento Urbano (Cedurb)  |   Bnews - Divulgação BNews

Publicado em 17/10/2017, às 13h06   Guilherme Reis


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A polêmica privatização da Eletrobrás e da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) pelo governo federal foi debatida na manhã desta terça-feira (17) em audiência pública na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). O evento foi realizado pela Comissão Especial de Desenvolvimento Urbano (Cedurb), pela Comissão de Infraestrutura e pela Comissão de Meio Ambiente.

Um dos participantes foi o ex-deputado federal Fernando Ferro (PT-PE), que defendeu a necessidade de um “debate político sobre o sistema elétrico brasileiro”. “Trata-se de um governo que tenta se legitimar, mas não consegue. Quando essas pessoas falam dessas empresas privadas como sinônimo de eficiência elas se esquecem da função social. Energia é uma questão de soberania. Empresas como a Chesf trouxeram impactos positivos e negativos. Se não fossem elas, haveria regiões sem energia até hoje”, avaliou.  

Ex-funcionário da Chesf, o deputado estadual Paulo Rangel (PT) bradou contra o governo Temer e chamou a medida de “política entreguista”. “Trata-se do desenvolvimento de uma política entreguista que vai fazer do Nordeste uma região sem perspectiva de futuro. Causa-me espanto que  ganhamos no governo Collor, sobrevivemos a FHC e por que não vamos sobreviver a esse golpista?”, disse.

Para o deputado Zó (PCdoB), é “um crime de lesa pátria” entregar empresas estratégicas para o país ao capital estrangeiro. “Nos Estados Unidos, por exemplo, boa parte das empresas de energia ficam na mão do Estado e do Exército. Estamos colocando em risco todo o sistema de energia e a água do Rio São Francisco e de outros rios. Essa privatização é um retrocesso”, pontuou.

Também estiveram presentes a deputada estadual Maria del Carmen (PT), presidente da Cedurb, a engenheira da Chesf Laís Falcão, os deputados federais Luiz Caetano (PT) e Nelson Pelegrino (PT) e o deputado estadual de Pernambuco Lucas Ramos (PSB).

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