Política

Partidos não representam contra Lúcio Vieira Lima no Conselho de Ética, diz presidente do colegiado

Gilberto Junior/BNews
Bnews - Divulgação Gilberto Junior/BNews

Publicado em 19/10/2017, às 11h52   Cíntia Kelly


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Até o momento nenhum partido com assento na Câmara dos Deputados entrou com representação no Conselho de Ética contra o deputado baiano Lúcio Vieira Lima (PMDB). Ele é investigado, junto de seu irmão, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, pela suspeita de manterem R$ 51 milhões em um apartamento, no bairro da Graça, em Salvador.

Segundo o presidente do Conselho de Ética, o também baiano Elmar Nascimento (DEM), o colegiado só poderá agir se for provocado. “O Ministério Público está para a Justiça, como os partidos estão para o Conselho de Ética. Mas até agora nenhum partido representou”, disse, arrematando.

De acordo com a Polícia Federal, o apartamento onde foram encontradas as malas e as caixas com o dinheiro foi emprestado por Silvio Silveira, proprietário do imóvel, a Lúcio Vieira Lima e era usado por Geddel.

Agentes da PF encontraram digitais de Job Ribeiro, secretário parlamentar de Lúcio, nas notas de dinheiro encontradas nas malas.

Segundo Elmar Nascimento, os partidos decidiram não representar enquanto não existirem provas contra Lúcio ou qualquer outro deputado relacionado à Lava Jato. 

Elmar não quis tecer comentários sobre Lúcio, para não contaminar eventual  processo dentro do Conselho de Ética. “Não quero emitir opinião para não contaminar e me deixar impedido de participar de qualquer tipo de processo [no Conselho]. Apenas lastimo o fato, mas cada um responde por seus atos”.

Nesta quarta-feira, em entrevista ao G1, Lúcio disse que “tem certeza de que não vão achar nada. O processo político é que transforma a busca e apreensão como se fosse uma condenação. Os que pensam que isso é um ataque. Isso é uma defesa." 

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