Política

“Os moradores de Correntina não são terroristas”, rebate Marcell Moraes

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De acordo com o deputado, os moradores realizaram uma manifestação contra a crise hídrica na cidade  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 09/11/2017, às 15h27   Redação BNews


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O deputado estadual Marcell Moraes (PV) rebateu às críticas de políticos baianos que classificaram como “terroristas” os moradores do município de Correntina, cidade da região oeste da Bahia, que realizaram uma manifestação contra a crise hídrica na localidade. 

A situação tem se agravado por conta da liberação excessiva de outorgas para construção de poços artesianos de alta vazão para grandes produções do agronegócio, fato que tem acelerado o processo de assoreamento dos rios e mananciais da cidade de Correntina, além do aquífero Urucuia, ameaçando a extinção do ecossistema fluvial na região.

“Os moradores de Correntina não são terroristas, eles estão lutando pela não destruição das riquezas naturais da região. Acho engraçado políticos que deveriam defender os interesses do povo, tentarem deturpar a situação, colocando cidadãos de bem que têm lutado com bravura para preservação ambiental como criminosos. Não vou aceitar isso calado. Sou ambientalista há mais de 18 anos e não abandonarei essa cidade que tanto gosto”, declarou Moraes.

O parlamentar afirmou ainda que continuará cobrando ao Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) soluções imediatas para resolução da crise na região. “Venho me pronunciando incansavelmente na Assembleia Legislativa da Bahia, sobre esse descaso, e cobrando da senhora Márcia Teles, diretora do INEMA, uma solução urgente. Essa situação vergonhosa fere um dos princípios ambientais que diz que temos que usufruir das riquezas naturais de modo sustentável, preocupando-se não somente com o presente, mas também com a preservação das espécies futuras. Os interesses de meia dúzia de indústrias do agronegócio não podem prevalecer em detrimento do prejuízo da comunidade e do meio ambiente”, ressaltou.

A falta de critério para concessão das outorgas e a retirada desenfreada de água para irrigação no lençol freático profundo que banha a região tem gerado a seca dos rios Correntina, Arrojado, Santos Antônio, Guará e do Meio, importantes dispositivos para o turismo e preservação do bioma de uma das maiores regiões com mata nativa do cerrado brasileiro.

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