Feriado / 2 de Julho

Não quero que usem as mesmas armas contra mim, diz Wagner sobre saída de Temer

Publicado em 02/07/2017, às 10h39   Luiz Fernando Lima e Juliana Nobre



O ex-governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), voltou a ponderar a saída do presidente Michel Temer do governo, em conversa com o BNews, durante o cortejo 2 de Julho, neste domingo. O petista disse que tirar o peemedebista do poder para ter eleição indireta é mais prejudicial do que deixa-lo na Presidência. Para Wagner, apenas eleições diretas seriam a melhor opção.

Questionado sobre sua postura diante do fato, o secretário de Desenvolvimento Econômico afirmou que o método usado também pode prejudica-lo. “Tiraram a Dilma ilegalmente e olha o que deu. Foram fazer correndo, sem provas e a máscara caiu. O governo não tem legitimidade, popularidade, não diz por que veio. Não tem nada a ver com combate a corrupção. O que estou dizendo é que não vou querer que usem armas que não quero que sejam usadas contra mim só porque o cara é meu adversário. Se você me perguntar se ele tem que ficar, não, ele tem que sair. Mas não é na mão grande. Acho que não vale repetir”, ponderou.

Para Wagner, a briga entre as instituições prejudica a democracia. “A democracia brasileira está fragilizada. A briga do [Rodrigo] Janot com Gilmar [Mendes], as instituições brigando. Perdemos a noção do modus operandi. O TRF não soltou Vaccari? E aí? Quem paga os dois anos e dois meses que ele passou preso? A desmoralização que ele passou? Eu não vou nunca bater palma. Vou bater palma se o Temer sair e ter convocação de eleições antecipadas”.

Eleição na Bahia

O ex-governador rechaçou as especulações de um possível racha entre ele e o atual chefe do Executivo baiano, Rui Costa. Informações chegadas ao BNews apontam que Wagner poderia ocupar a vaga de governador no lugar de Rui nas eleições do ano que vem. “Não existe isso. Eu já disse às pessoas que essa conversa comigo não tem nem começo. Eu sou pela naturalidade da política. Meu candidato é Rui e ponto final. Estarei trabalhando por ele. Seja como senador, deputado federal, estadual ou como militante.”

Wagner ainda reiterou que é Rui quem faz a escalação do time para a chapa majoritária. “Eu trabalho pelo projeto, sou pela renovação e, portanto estou à disposição do técnico, que é ele, para qualquer escalação. A de governador seguramente não será eu, será ele”, ressaltou

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp