O diretor da TWB (operadora do sistema Ferry Boat), Reinaldo Pinto dos Santos, tenta jogar para o governo a responsabilidade de agora em diante para problemas que certamente continuarão tornando a vida de quem faz a travessia Itaparica-Salvador um pouco mais difícil.
Em entrevista ao jornal A Tarde, Santos diz que a concessionária desenvolveu algumas estratégias para alcançar a capacidade necessária para atender a demanda do sistema. O diretor afirma que é preciso, entre outras, aumentar a largura da pista para que embarquem três ou quatro carros simultaneamente. Hoje, há suporte para apenas um veículo de cada vez.
Ainda segundo o diretor, as embarcações também devem ser reformadas, principalmente para abrir a “boca” e os veículos entrarem. “O custo dessa intervenção é menor do que o custo de uma embarcação”.
Santos estima o custo das reformas em R$ 70 mil enquanto o de uma embarcação como o Ana Nery tem um custo aproximado de R$ 40 milhões. O diretor diz ainda que nenhuma intervenção pode ser feita sem a aprovação do poder público. “Fazemos um estudo, submetemos ao governo”
A iniciativa do diretor parece interessante, mas, ao que parece, somente agora se descobriu formas de melhorar o atendimento à população e turistas. Também joga contra a concessionária o histórico recente de reparos e remendo que não deram resultado algum.
As embarcações param, quebradas, com frequência. Sem contar os casos, como o do carro do delegado que caiu no mar. Portanto, mais que estimar a capacidade para atender a demanda, coisa que qualquer empresa séria deveria ter em mãos assim que assumisse a função, a TWB precisar dar mostras de que vai realizar as intervenções.
O diretor fala que para atender bem à população é preciso que o sistema suporte 2.500 UTs – UT é uma unidade de medida. Cada 1 UT equivale a um carro pequeno ou 10 pessoas -, no entanto, Santos não diz qual a capacidade atual.
