Política

Com amigos presos, Temer diz que ser presidente é 'estar sujeito a bombardeios a todo momento'

Beto Barata/PR
Amigos do emedebista foram presos nesta quinta pela Polícia Federal   |   Bnews - Divulgação Beto Barata/PR

Publicado em 29/03/2018, às 22h50   Folhapress



Sem comentar a operação que levou à prisão alguns de seus aliados, o presidente Michel Temer (MDB) disse, durante evento em Vitória, ser "um trabalho dificílimo" estar na Presidência. "É uma coisa que você fica sujeita a bombardeios a todo momento, mas tenho a felicidade de ter chegado até aqui".

Após a abertura do aeroporto da capital capixaba, o presidente foi questionado sobre a operação e se havia sido informado previamente sobre ela. Ignorou as perguntas e foi retirado do palco por seguranças.

Do lado de fora, Temer enfrentou protestos. O boneco de um "vampirão" de dois metros, armado com fuzil, foi queimado por manifestantes. Faixas contra o governo também foram colocadas no saguão.

Esperado no evento, o governador Paulo Hartung (MDB) justificou a ausência em nota, dizendo que "o país amanheceu mais uma vez sobressaltado com fatos políticos preocupantes". Hartung não citou Temer no texto.

Em Brasília, o ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) defendeu o presidente. "Se isso não for tratado com sensacionalismo, não enfraquece o governo, porque o presidente não tem nada a ver com isso."

"Entendemos que a decisão do presidente de colocar como concreta a possibilidade de que venha disputar a reeleição, faz com que, novamente, se dirijam contra nós os canhões da conspiração", disse, após reunião com Temer e outros ministros.

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