Política

Nova lei trabalhista reduz ações de danos morais e insalubridade

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Redução foi de 571 mil para 295 mil  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 01/04/2018, às 19h30   Redação BNews


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O número de novas ações abertas na Justiça caiu à metade em relação ao mesmo período do ano passado, após a reforma trabalhista aprovada no Congresso, há três meses. Conforme um levantamento do jornal Estadão de São Paulo, foram 571 mil em 2017  e 295 mil em 2018, avaliando três meses. 


Ainda conforme o jornal, os processos também estão mais enxutos. Pedidos de indenização por dano moral e adicional de insalubridade e periculosidade praticamente desapareceram das listas de demanda. A nova lei determina que, se o trabalhador perder a ação, ele terá de arcar com os honorários dos advogados (sucumbências) da empresa processada. Como os pedidos de indenização por dano moral e adicional de insalubridade e periculosidade são difíceis de serem comprovados e têm sido alvos de recusa em ações julgadas com base nas novas regras, os advogados estão orientando os clientes a não incluí-los nas novas ações ou mesmo a retirá-los de processos em andamento. A reforma acabou com a gratuidade das ações para quem tem salário mensal acima de R$ 2,2 mil.


Tradicionalmente, os processos incluíam uma lista de pedidos que iam do pagamento de horas extras e verbas rescisórias até danos morais. “Como o risco era zero, pois não era cobrado nada, havia muitos pedidos nos processos e alguns não faziam sentido, diz Fabio Chong de Lima, sócio do L.O. Baptista Advogados. “Acabaram as ações aventureiras.”


Dano moral, por exemplo, é difícil de se comprovar porque depende principalmente de testemunhas. Já o adicional de insalubridade e periculosidade requer perícia técnica indicada pelo juiz e, se o trabalhador perder a ação, tem de bancar esse custo também, nesse caso para a Justiça. 


Com informações do Estadão 

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