PT decide poupar comandante do Exército por mensagem sobre 'impunidade', diz coluna

O PT decidiu poupar o comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, de críticas mais contundentes por causa da mensagem que ele postou em redes sociais na terça-feira (3), de acordo com a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo. Na publicação feita na véspera do julgamento do habeas corpus do ex-presidente Lula, o comandante afirmou repudiar a “impunidade”. 

Segundo a publicação, na visão de líderes do partido, o general é um democrata que tem “segurado as pontas” diante do clima de radicalização no país. A mensagem, por essa leitura, teria sido divulgada para apaziguar as pressões que ele estaria sofrendo da “extrema direita” dos quartéis. Por esse entendimento, detalha a coluna, Villas Bôas soltaria o texto para não perder a legitimidade interna.

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Ainda de acordo com a colunista, um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que votou contra Lula compartilha, no entanto, da mesma visão que o PT tem sobre o general. Mas acha que é preocupante que o militar tenha cedido às pressões.

A possibilidade de militares intervirem mais diretamente na política foi objeto de conversa de dois ex-presidentes do STF: Joaquim Barbosa e Carlos Ayres Britto. Eles compartilharam a mesma preocupação em conversa recente, antes mesmo da manifestação de Villas Bôas.