Política

Alta cúpula tucana teme prisão de Paulo Preto, apontado como operador do PSDB

Folhapress
Lava Jato denunciou o ex-diretor da Dersa por desvio de R$ 7,7 milhões, entre 2009 e 2011  |   Bnews - Divulgação Folhapress

Publicado em 06/04/2018, às 09h55   Redação BNews


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O ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, foi preso na manhã desta sexta-feira (6) pela Polícia Federal, que cumpriu ordem da 5ª Vara Federal de São Paulo atendendo pedido da Força Tarefa da Lava Jato em São Paulo. 

Em 2010, o ex-diretor do Dersa, empresa estatal responsável pelas obras rodoviárias em São Paulo, era acusado por correligionários de embolsar quase R$ 4 milhões doados por empreiteiras para a campanha do então candidato à presidência José Serra (PSDB). 

De acordo com documentos enviados pelo Ministério Público da Suíça, ele seria o titular de quatro contas offshore no exterior que somam 113 milhões de reais. O valor reforça a tese das autoridades de que o engenheiro, com bom trânsito entre as construtoras, seria operador de propinas do partido. 

Além disso, levanta o temor dentro do PSDB de que, ao seguir o caminho do dinheiro, a procuradoria possa encontrar políticos de alta plumagem na legenda, como o ministro de Relações Exteriores, Aloysio Nunes, e o governador de São Paulo e candidato à Presidência da República, Geraldo Alckmin.

O Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo pediu a prisão preventiva de Souza, além de um mandado de busca e apreensão em sua residência, por formação de quadrilha, peculato e inserção de dados falsos em sistema público de informação.

Em março, a Lava Jato denunciou o ex-diretor por desvio de R$ 7,7 milhões, entre 2009 e 2011. O recurso era destinado ao realojamento de famílias desalojadas pela Dersa para a construção do Rodoanel, obra realizada na gestão do tucano José Serra.

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