Política

Médico diz que Maluf chegou 'estraçalhado' ao hospital

Folhapress
Segundo o hospital, deputado afastado continua sendo tratado de uma broncopneumonia e não tem previsão de alta nos próximos dias  |   Bnews - Divulgação Folhapress

Publicado em 11/04/2018, às 08h48   Redação BNews


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O urologista Miguel Srougi, do Sírio Libanês, médico do deputado federal afastado Paulo Maluf (PP), disse que o ex-prefeito chegou “estraçalhado” no hospital depois da temporada que passou na prisão. Para ele, idosos não deveriam jamais ficar mantidos em reclusão em regime fechado. As informações foram reveladas pela colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo.

“A imobilidade, a depressão e a desnutrição podem ser fatais para os mais velhos. A pena de prisão passa a ser pena de morte. As pessoas viram farrapos”, afirma o médico, um dos mais respeitados do país.

Ainda segundo a publicação, os idosos, imobilizados, podem ter sarcopenia, “quando o músculo é substituído pela gordura”. Srougi diz que as pernas de Maluf estão atrofiadas, que ele tem uma infecção por fungos no aparelho digestivo e falta de ferro. Ele afirma que não fala em defesa do ex-prefeito mas sim para provocar reflexão sobre o regime de prisão para os mais velhos.


O hospital Sírio-Libanês informou na segunda-feira (9), em boletim médico, que o deputado afastado está com metástase decorrente do câncer de próstata e com uma trombose venosa profunda na perna esquerda. Maluf está internado no hospital desde a semana passada.

Segundo o hospital, Maluf continua sendo tratado de uma broncopneumonia e não tem previsão de alta nos próximos dias. Além de Srougi, os médicos que também acompanham o pepista são Sergio Nahas, Ronaldo Kairalla, Roberto Basile Jr e Cyrillo Cavalheiro Filho.

No final de março, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu prisão domiciliar ao parlamentar, que cumpria pena no presídio da Papuda, em Brasília, por ter sido condenado pelo crime de lavagem de dinheiro. A decisão liminar será analisada na próxima quarta-feira (11) pelos demais ministros do STF.

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