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Rui assina manifesto contra a União e 'política perversa' dos combustíveis

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No documento, governador da Bahia e de outros seis estados rechaçam a possibilidade de assumirem qualquer "ônus" decorrente da crise atual  |   Bnews - Divulgação Gilberto Júnior/BNews

Publicado em 26/05/2018, às 14h20   Alexandre Santos


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O governador Rui Costa (PT) e gestores de outros seis estados divulgaram uma carta aberta em que se isentam de culpa e atribuem à União a atual crise de desabastecimento no país. Segundo eles, o cenário decorre de uma "perversa" e "irresponsável" política de preços da Petrobras.

No documento, os chefes do Executivo na Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Sergipe e Minas Gerais rechaçam a possibilidade de assumirem o "ônus" de qualquer redução da alíquota de ICMS sobre os combustíveis — proposta aventada pelo presidente Michel Temer (MDB) na última quinta (24), após reunião com entidades que representam os caminhoneiros, em greve há seis dias.

Em um dos 11 tópicos do manifesto, os signatários também afirmam ser absolutamente incompreensível que o governo federal autorize a Petrobras a adotar uma política de preços direcionada unicamente à obtenção de lucro e ao acúmulo de receitas num momento de grandes dificuldades.

"Colocar sobre os estados federados o ônus de qualquer redução da alíquota sobre os combustíveis, além de ser desrespeitoso, é atitude inconsequente e, por isso mesmo, inaceitável", ressaltam.

"O governo federal precisa rever, com urgência, a política comercial da Petrobras, reposicionando-a com responsabilidade e espírito público, trabalhando pelo saneamento das finanças da empresa, mas mantendo, 
acima de tudo, a consciência de que é completamente inaceitável aumentar, ainda mais, o enorme contingente de famílias brasileiras entregues ao desemprego e mergulhadas na miséria e na desesperança", reiteram os governadores.

Na sexta (25), a coluna Painel, da Folha, informou que gestores de Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Distrito Federal, também por meio de carta aberta, descartam aceitar medidas que possam impactar suas arrecadações de receitas. 

Confira aqui a íntegra da carta.

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