Política

Cui Bono?: Geddel, Cunha e Funaro são indiciados

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A lista dos indiciados foi revelada pelo Jornal Nacional, da TV Globo, e confirmada pelo Estado   |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 09/06/2018, às 11h48   Redação BNews


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Ao concluir o inquérito da Operação Cui Bono?, a Polícia Federal indiciou 15 pessoas, entre elas o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB), o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ), o corretor Lúcio Funaro, o ex-vice-presidente da Caixa Fabio Cleto e os empresários Joesley Batista, do Grupo J&F, Henrique Constantino, da Gol, e Marcos Molina, da Marfrig. A informação é do Estadão.

De acordo com a publicação, a lista dos indiciados foi revelada pelo Jornal Nacional, da TV Globo, e confirmada pelo Estado.

A Cui Bono? foi deflagrada em 13 de janeiro de 2017 e investiga se Geddel, vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa entre 2011 e 2013, cobrava propina para liberar empréstimos. Os investigadores suspeitam que o emedebista fornecia informações privilegiadas para Cunha, Funaro e Cleto.

De acordo com a publicação, segundo a PF, foram identificados crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa, formação de quadrilha e obstrução à investigação de crime praticado por organização criminosa.

No pedido que deu origem à operação, o procurador Anselmo Lopes disse que mensagens encontradas no celular de Cunha apontavam a solicitação de propina a empresas interessadas em empréstimos da Caixa. “Os diálogos não deixam dúvidas de que Geddel Vieira Lima e Eduardo Cunha buscavam contrapartidas indevidas nas diversas empresas, visando à liberação de créditos que estavam sob a gestão da vice-presidência de Geddel”, disse Lopes.

Em uma das mensagens, de 30 de julho de 2012, Geddel diz a Cunha que o “voto sai hj’ – sobre um empréstimo a Marfrig. No outro dia, Geddel envia novamente a Cunha informações sobre aprovações de crédito da Marfrig. Após informar que o voto foi favorável a duas operações da empresa, de R$ 300 milhões e R$ 50 milhões, Geddel sinaliza que estava feito o que lhe cabia. “Opinião de voto: favorável. Já foi, agora é vc”, diz.

Ao Estadão, o advogado de Funaro, Bruno Espiñeira, afirmou que ele segue colaborando “de modo efetivo com as autoridades, respeitando na íntegra todas as cláusulas do seu acordo”.

Procurados, os outros indiciados não responderam até a publicação deste texto. O espaço está aberto para manifestações.

Classificação Indicativa: Livre

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