Witzel, candidato ao governo do Rio de Janeiro, tem conversas com Azenha reveladas

Fotos e mensagens com o candidato ao governo do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC) foram reveladas nesta sexta-feira (19). Nelas, o ex-juiz federal conversa com o advogado Luiz Carlos Cavalcanti Azenha, condenado por ajudar na fuga do traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha.

Nos debates eleitorais, Witzel chegou a negar ter laços pessoais com Azenha, afirmando que este era apenas um de seus milhares de alunos. No entanto, a revista “Veja” conseguiu ter acesso à conversa e falou com o advogado, que afirmou ter participado da campanha do candidato, mas foi afastado após o crescimento de Witzel na disputa.

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Em nota, o ex-juiz nunca negou conhecer Azenha, com quem teria tido “conversas políticas” após a filiação dos dois no PSC. A sua equipe também negou ter ofertado cargo ao advogado e defendido o ex-secretário estadual Hudson Braga.

Em 2011, a polícia encontrou Nem da Rocinha no porta-malas do carro de Azenha. O advogado tentou subornar os agentes para liberar seu cliente, mas acabou condenado a três anos de prisão pelo caso. 

Azenha garantiu à “Veja” que manteve “durante anos uma relação profícua” com Witzel e, “em nome da amizade”, se tornou “uma espécie de coordenador da campanha”, pedido doações e organizado almoços e jantares para o concorrente do PSC.

A relação mudou quando o candidato viu suas chances eleitorais crescerem. De acordo com a revista, Azenha disse que Witzel bloqueou seu número no celular e mandou um recado por terceiros: “Que eu ficasse quieto, que depois a gente conversava e que me daria um cargo no governo”. Com a mágoa, o advogado assegurou não querer mais ser amigo do ex-juiz e que o ex-amigo “é pior que o Nem”.