Política

Após desistir da presidência da CMS, Kiki Bispo vê cargo na Mesa Diretora ameaçado

Gilberto Júnior/Arquivo/BNews
Informações chegadas ao BNews dão conta de que o fato só será concretizado se representantes da Igreja universal no parlamento abrirem mão do posto, hoje ocupado pelo vereador Isnard Araújo   |   Bnews - Divulgação Gilberto Júnior/Arquivo/BNews

Publicado em 30/10/2018, às 13h05   Fernanda Chagas


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O vereador Kiki Bispo (PTB), que abriu mão de disputar a presidência da Câmara Municipal de Salvador para apoiar o candidato Geraldo Júnior (SD), cuja 1ª vice-presidência na Mesa Diretora era dada como certa como forma de recompensa, vê o cargo ameaçado. 

Informações chegadas ao BNews dão conta de que o fato só será concretizado se representantes da Igreja universal no parlamento abrirem mão do posto, hoje ocupado pelo vereador Isnard Araújo (PHS). 

Isnard estava licenciado e à frente da secretaria municipal de Promoção Social, Esporte e Combate à Pobreza e foi o primeiro a retornar à Câmara para participar da votação nesta quarta-feira (31). O vereador afirma que retornará ao Executivo municipal, mas nos corredores da CMS é dado como certo que não volta. 

Com isso, espera-se que Isnard seja mantido na 1ª vice-presidência ou, se ceder, migrar para a 2ª vice-presidência, cargo hoje ocupado pelo petebista. O bloco teria ainda nomes como o de Ireuda Silva, Luiz Carlos e Rogéria Santos para substitui-lo. 

Caso contrário, as opções para Kiki seriam permanecer no lugar que está ou presidir a Comissão de Constituição, Justiça e Redação Final. 

Integrante do Podemos, Carlos Muniz deve ocupar a 1ª vice-secretaria como cota do partido. A oposição tende a ficar com a Ouvidoria, mas dessa vez sob o comando da comunista Aladilce Souza.  

Outro cargo que já estaria definido na Mesa Diretora seria o de corregedor. A função hoje ocupada pelo pessedista Edvaldo Brito deve ficar com o democrata Duda Sanches, vice-líder do governo.

No rol dos acordos, o controle do setor de comunicação da Casa deve passar para as mãos do republicano Luiz Carlos, também ligado à Igreja Universal. Ele deve ser o secretário de Comunicação e dirigirá as estruturas da TV Câmara, rádio e site.

Trata-se de uma recém-criada acomodação aos moldes da que já existe na Câmara Federal, comandada pelo deputado federal, Márcio Marinho (PRB). 

Ao todo, são dez funções, e as costuras estariam sendo feitas em alta, levando em conta que a eleição foi antecipada para esta quarta. Anteriormente, estava marcada para o dia 19 de dezembro. 
No caso de Kiki, a 1ª vice-presidência seria uma condição acordada em reunião com o prefeito ACM Neto (DEM) e o vice, Bruno Reis (DEM), para que ele renunciasse à disputa. No pacote, estaria ainda o apoio de Geraldo para sucedê-lo na presidência ao final de 2020, o que foi negado. 

Geraldo Júnior se tornou o candidato único ao conquistar 42 votos declarados, número mais do que suficiente para ser o substituto de Leo Prates (DEM). 

Composição atual da Mesa Diretora: 

Presidente: Léo Prates (DEM)
1º vice-presidente: Isnard Araújo (PHS)
2º vice-presidente: Kiki Bispo (PTB)
3º vice-presidente: Orlando Palhinha (DEM)
1º secretário: Toinho Carolino (PTN)
2º secretário: Joceval Rodrigues (PPS)
3º secretário: Tiago Correia (PSDB)
4º secretário: Ana Rita Tavares (PMB)
Corregedor: Edvaldo Brito (PSD)
Ouvidor: Suíca (PT)
Ouvidora substituta: Cátia Rodrigues (PHS)

Classificação Indicativa: Livre

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