Haddad poderá pagar R$ 200 mil a promotor por acusações não comprovadas

O candidato derrotado à Presidência da República e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, foi condenado pelo Tribunal de Justiça paulista a pagar R$ 200 mil de indenização ao promotor Marcelo Milani. A decisão ainda cabe recurso.

O promotor, que atua no Ministério Público de São Paulo, processou Haddad após o ex-prefeito tê-lo acusado de pedir R$ 1 milhão de propina para não mover uma ação civil pública relacionada à construção do estádio do Corinthians. De acordo com a ação, a declaração de Haddad foi feita em entrevista concedida a uma revista em 2017.

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O Tribunal de Justiça de São Paulo e a Corregedoria do Ministério Público chegaram a investigar o caso, mas Haddad não conseguiu comprovar a acusação. O juiz Fábio Fresca, da 4ª Vara Cível, avaliou que "houve diversos fatos infundados, inclusive criminosos" e que a indenização é para "evitar novos fatos danosos como este".

Através de nota, a assessoria do ex-prefeito afirmou que a defesa ainda não foi intimada, mas que apresentará os recursos cabíveis assim que houver intimação oficial. "Enquanto prefeito de São Paulo, [a atuação dele] se restringiu a comunicar supostas irregularidades às autoridades cabíveis, sob pena de ser conivente com a situação. A oitiva de testemunhas que presenciaram os fatos e que podem auxiliar no esclarecimento da verdade, como o ministro Alexandre Moraes e o desembargador Roberto Porto, foi negada pelo juiz, embora expressamente solicitada em mais de uma ocasião pela defesa", diz o documento.