Política
Publicado em 05/11/2018, às 17h19 Redação BNews
O governo do Egito cancelou uma visita oficial que o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, faria ao país esta semana, de 8 a 11 deste mês. Como não disponibilizou uma nova data, cerca de 20 empresários brasileiros que já viajaram para o país árabe terão que retornar. Acredita-se que a aliança entre Brasil e Israel, anunciada semana passada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), tenha sido o motivo dessa reação do governo egípcio.
Em informação oficial, o governo do Egito informou que a viagem teve que ser adiada por problemas de agenda das autoridades do país. Se a visita fosse realizada, o ministro brasileiro se encontraria com o chanceler Sameh Shoukry e com o general Abdel Fatah al-Sisi, que está na Presidência do país desde 2014.
Mesmo o Itamaraty confirmando a declaração do Egito e dizendo que uma data futura será definida "de comum acordo entre as partes", nos bastidores, o cancelamento da viagem é sentido como uma retaliação à iniciativa de Bolsonaro de transferir a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, após assumir a Presidência da República.
Como consequência do cancelamento, o 2º Fórum Brasil-Egito de oportunidades de investimento, que estava como destaque na página da Câmara de Comércio Brasil-Árabe, também não será mantido.
Empresas brasileiras de exportação de carne bovina, milho, açúcar e minérios, por exemplo, são as que mais sentirão se a relação entre Brasil e Egito desandar. Com o acordo de livre comércio que entrou em vigor no ano passado, de janeiro a setembro de 2018, o país sul-americano exportou US$ 1,453 bilhão para a nação árabe. Já as importações de itens egípcios, em sua maioria adubos e fertilizantes, chegaram a US$ 157 milhões.
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