Política

Emendas parlamentares de deputados federais se dividem entre saúde, educação e segurança na Bahia

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Segundo Félix Mendonça, a decisão se deu por precaução ao que pode vir em relação ao novo governo do presidente eleito e por solicitação do governador Rui Costa   |   Bnews - Divulgação Arquivo/Agência Brasil

Publicado em 06/11/2018, às 11h10   Fernanda Chagas


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Com direito a R$ 4,5 bilhões em emendas parlamentares, a bancada baiana no Congresso Nacional disponibilizou o montante para as áreas sociais, como saúde, educação e segurança pública. Cada deputado poderá destinar até R$ 15,4 milhões para os seus estados. A confirmação veio do coordenador do grupo no Congresso, deputado federal Félix Mendonça (PDT).  

Segundo Félix, a decisão se deu por precaução ao que pode vir em relação ao novo governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e por solicitação do governador Rui Costa (PT). 

“Por se tratar de um governo novo e não sabermos que tipo de tratamento virá, em especial no que diz respeito à liberação de verba para a Bahia, houve consenso de que destinássemos nossas emendas para o ano de 2019 para o custeio da saúde e educação”, frisou.  

Ainda, para o setor de segurança, o líder afirmou que governistas e oposicionistas se uniram e investiram os recursos de forma conjunta. 

Com base no consenso entre os aliados, o líder refuta ainda os rumores de insatisfação com o governo Rui Costa. 
Informações davam conta que muitos deputados teriam colocado dinheiro de suas emendas no orçamento para este ano de 2018 e que o pagamento com entrega de máquinas, obras e equipamentos ficou com o governo da Bahia, mas isso não teria se concretizado.

Alguns parlamentares que não conseguiram se reeleger apontaram a falta dos equipamentos como fator agravante para o pífio resultado nas urnas.  

“Nos reunimos, inclusive, com o próprio governador em Brasília e tudo foi muito conciso. Ninguém manifestou insatisfação”, assegurou o coordenador da bancada em conversa com o BNews.  

Segundo o pedetista, esse foi, inclusive, um dos encontros mais tranquilos e contou até mesmo com a contribuição da oposição, que destinou parte de suas emendas para a segurança. “A emenda para segurança foi conjunta das bancadas”, reforçou, explicando ainda que a minoria colocou outra parte que cabe a eles na Codevasf e no Dnocs. “Ou seja, se teve insatisfação, foi de gente que não se pronunciou abertamente”, garantiu. 

O pessedista Paulo Magalhães, que não conseguiu se reeleger, nega descumprimento de acordo por parte do governador e que isso tenha acarretado na sua derrota nas urnas. 

“Participei da reunião da bancada e externei que não posso me queixar de nada porque o governador sempre foi corretíssimo comigo e com outros também, como os seus secretários Fábio Vilas-Boas [Saúde] e Marcus Cavalcanti [Infraestrutura]. E no dia seguinte Rui foi lá [em Brasília], muito elegante com todos e todos ficaram silentes”, criticou. 

Magalhães disse ainda que suas emendas que não foram atendidas foram por conta apenas proibição da Lei Eleitoral. “Mas estão sendo liberadas agora”. 

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