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Vereador de Candeias é acusado de ameaçar filho de subsecretário municipal

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Arnaldo Araújo, que atualmente faz oposição ao prefeito Pitágoras Ibiapina (PP), negou todas as acusações  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 08/11/2018, às 17h52   Márcia Guimarães



A cena política em Candeias, cidade a 53 km de Salvador, está bastante agitada. O vereador Arnaldo Araújo (PSDB) está sendo acusado de ameaçar o filho do subsecretário de Serviços Públicos, Adjair Júnior, e causar pânico na família da possível vítima. 

A ameaça, segundo Júnior em entrevista à imprensa, aconteceu no dia do primeiro turno das eleições (7 de outubro), em frente à casa do subsecretário Adjair Estevam e causou pânico na família inteira. De acordo com o relato, após seu candidato a deputado estadual, Valdir Cruz, ser derrotado, o vereador foi à casa do subsecretário e ameaçou o seu filho com uma arma.

“Ele chegou chamando por meu nome. Quando o meu filho atendeu a porta, foi recebido por Arnaldo, que portava uma arma. Ele recebeu agressões verbais e se sentiu ameaçado, foi quando me ligou, dizendo que o que havia ocorrido”, disse o subsecretário.

Araújo, que atualmente faz oposição ao prefeito Pitágoras Ibiapina (PP), negou todas as acusações. “Primeiro, não conheço Adjair Júnior. Segundo, não estive na casa dele. Terceiro, não chamei pelo pai dele. O que está ocorrendo é uma perseguição política que envolve o prefeito, a esposa dele, que é secretária de saúde, e, pelo que estou vendo, o subsecretário também”, afirmou o vereador.

Ele contou que estava ao lado do prefeito desde a campanha eleitoral, trabalhou para ajudar a elegê-lo, foi líder de governo e vereador da bancada do gestor municipal. “Quando entreguei a liderança por não concordar com a administração dele, começaram as perseguições. Inclusive, sou membro de uma comissão especial de inquérito que está investigando atos do prefeito e do subsecretário. Então, eles começaram a criar situações, recentemente, para forçar um recuo, mas eu já avisei na tribuna livre, na Câmara, que não irei recuar. Agora, quem acusa tem que provar. Dia 22 estarei no Fórum e eles terão que provar. Estou muito tranquilo em relação a isso”, garantiu Araújo. 

O vereador informou que o delegado responsável já o ouviu e que tem provas de que está sendo perseguido. “Perseguiram inclusive pessoas minhas que estavam na administração e ele botou para fora. A esposa do prefeito me proibiu de entrar em um espaço na área de saúde, mesmo eu sendo o presidente da comissão de saúde, mesmo a Lei Orgânica não permitindo isso. É prefeito perseguidor, acéfalo político, não tem cérebro pra administrar. Não possuo arma, não estive na casa dele. Eles são mentirosos”, esbravejou.

Ele está sendo investigado pela 20° Delegacia Territorial de Candeias pelo crime de ameaça. O processo número 18.04169 estava em sigilo, mas foi enviado à imprensa nesta semana, quando o vereador teve que prestar esclarecimentos sobre o caso na delegacia, na segunda (15).

Compra de votos
O vereador Arnaldo Araújo está respondendo uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral, proposta pelo Ministério Público Eleitoral, por ter supostamente comprado votos em 2016. O processo 0000666-05.2016.6.05.0127 pede a cassação de seu mandato.

A denúncia diz que Araújo teria pago R$ 100,00 em troca de voto em 2016. Na época, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na residência e em estabelecimentos comerciais do vereador. 

“Se eu comprei votos, comprei para mim e para o prefeito porque eu tenho um processo de investigação promovido em 2016 pela oposição, que nunca soube perder em Candeias, e o prefeito estava comigo de mãos dadas. Vou lutar, não vou recuar. A Polícia Federal veio na minha casa e na dele porque fizeram uma denúncia de compra de votos no Ministério Público. Nunca comprei voto de ninguém. Eu queria que alguém chegasse e testemunhasse que recebeu dinheiro meu para votar. Quem fez a denúncia, que foi pago para isso, se retratou e está nos autos para mostrar”, ressaltou Araújo.

Classificação Indicativa: Livre

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