Política

Motoristas veem manobra para "enfraquecer" emendas em projeto que limita Uber em Salvador

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ACM Neto retirou a urgência da matéria e com isso a votação fica sem previsão  |   Bnews - Divulgação Montagem/BNews

Publicado em 15/11/2018, às 11h01   Henrique Brinco



Os motoristas por aplicativo de Salvador acreditam que os constantes atrasos nas discussões do projeto que limita empresas como Uber  99pop são uma manobra para "enfraquecer" as alterações feitas pela relatoria na Comissão de Constituição e Justiça e Redação Final, da Câmara de Vereadores de Salvador. A vereadora Lorena Brandão (PSC) é a relatora do texto.
Em outubro, o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), retirou a urgência da matéria e com isso a votação em Plenário fica sem previsão - devendo ser discutida apenas em 2019. A decisão foi tomada após apelos dos taxistas, que querem mais tempo para fazer o corpo a corpo junto ao vereadores pela aprovação do texto original enviado pelo executivo municipal.
"Acho que os atrasos enfraquecem o movimento. Você começa a ver a montagem de uma articulação para enfraquecer o relatório de Lorena [Brandão] para que ele favoreça os taxistas. Os taxistas fazem pressão, cobrando a regulamentação do Executivo, sendo que nada foi debatido", afirma Anderson Amorim, coordenador da Associação de Motoristas Particulares e Profissionais Autônomos do Estado da Bahia (AMPABA), ao BNews.
As três últimas reuniões que discutiriam o assunto na CCJ acabaram sendo adiadas. A mais recente previsão é que o texto volte a ser discutido na próxima segunda-feira (19). "O projeto da prefeitura é prejudicial aos motoristas de aplicativo. A relatora vê inconstitucionalidade no processo, faz um relatório justo, os taxistas se encontram com o prefeito,  pedem a retirada de urgência e você começa a ver esses atrasos nas comissões", completa o motorista.
Um dos principais pontos que causa bastante polêmica entre os trabalhadores é a limitação no número de veículos cadastrados em cada aplicativo. Pela proposta da prefeitura, apenas 7,2 mil carros serão autorizados a rodar com o Uber. Lorena Brandão afirma que isso é "inconstituicional" e retirou da matéria.

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