Política

Sem autorizar suplementação para AL-BA, Rui pode ter dificuldade para aprovar medidas econômicas

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Falta de suplementação para AL-BA preocupa deputados estaduais, que podem sofrer cortes em verbas  |   Bnews - Divulgação Arquivo BNews

Publicado em 23/11/2018, às 16h57   Bruno Luiz


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O governador Rui Costa (PT) deve ter dificuldades pela frente para aprovar o pacote de medidas administrativas e econômicas que vai enviar à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) até a próxima terça-feira (23).

Entre as iniciativas, estão os projetos para antecipar os royalties do petróleo, o aumento da alíquota paga pelos servidores para a previdência estadual e a extinção de estatais. Com isso, Rui pretende diminuir o rombo da previdência, que deve chegar a R$ 4,8 bilhões no próximo ano e também reduzir os gastos da máquina administrativa com pessoal.

Segundo apurou o BNews, o problema para o governador é o fato de que essas medidas serão apreciadas em um momento difícil para a AL-BA. Com dificuldades financeiras, o Casa precisa de suplementação para fechar o caixa este ano. No entanto, Rui já disse que não tem condições de fazer aportes para a Assembleia, e que o Legislativo precisará cortar na própria carne.

Entretanto, a falta de suplementação pode mexer no bolso dos próprios deputados, já que o presidente da AL-BA, Angelo Coronel (PSD), pode se ver obrigado a fazer cortes nas verbas indenizatórias para diminuir o rombo nas contas. A questão tem deixado os parlamentares receosos, pois, caso a tesoura seja acionada contra esses recursos, o trabalho deles seria prejudicado. Uma situação em potencial para estabelecer tensão entre Legislativo e Executivo, dificultando a aprovação do pacote de Rui, que tem medidas impopulares, como a do aumento da alíquota para os servidores.

Ainda segundo informações obtidas pela reportagem, Coronel estuda articular com Rui a aprovação do pacote para, em contrapartida, a AL-BA receber suplementação do governo. A avaliação é que, sem o recurso extra, a situação financeira da Casa ficaria drástica. O caminho seria passar a não pagar parte da folha dos servidores. Por outro lado, sem o acordo, o governador ficaria sem um articulador em potencial para ajudá-lo em um momento delicado do governo.

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