Política

Pacote de Rui: “Fica a marca de uma gestão que não tem diálogo e impõe arrocho salarial”, afirma Aladilce

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Para a vereadora, que é diretora do Sindsaude, a reforma de Rui terá impacto também na qualidade do serviço público  |   Bnews - Divulgação Arquivo/BNews

Publicado em 13/12/2018, às 12h20   Fernanda Chagas



A vereadora Aladilce (PCdoB), diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado (Sindsaude), ao fazer um balanço da reforma administrativa aprovada na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) nesta quarta-feira (12), disparou que fica a marca de uma gestão que não tem diálogo e impõe arrocho salarial e perda de remuneração. 

A matéria passou pelo crivo dos deputados, ainda que em meio à protestos de servidores e representantes de sindicatos de 20 categorias, que chegaram a acampar no plenário do Parlamento em busca de debate com o executivo estadual e modificações nas propostas. 

“A gente recebe essa aprovação com muita insatisfação. Acreditamos que o governo poderia ter encontrado outras alternativas para equilíbrio do déficit fiscal, do Funprev [Fundo Financeiro da Previdência Social dos Servidores Públicos do Estado da Bahia] e da folha de pessoal. Fica a marca de uma gestão que não tem diálogo com os servidores e impõe uma situação de arrocho salarial e perda de remuneração”, elencou, apontando ainda como uma das principais queixas dos sindicalistas a falta do diálogo.  

“Não ouve diálogo com os diversos sindicatos e as perdas serão muito grandes, principalmente para os servidores públicos que ganham menos que é a grande maioria, em especial por conta da elevação da alíquota da previdência de 12% para 14% e as dificuldades que virão com a redução do repasse de 50% para custeio do Planserv. Vai ter gente que terá que dar aporte, subsidiar ou até mesmo perder o plano e isso deixa uma frustação muito grande”, lamentou. 

Para a vereadora, a reforma de Rui terá impacto também na qualidade do serviço público, na disposição dos servidores. “Já que as pessoas saem desse processo revoltadas por não terem tido voz”. 

Por fim, Aladilce observou que os deputados estaduais deveriam ter partido de forma mais intensa na defesa dos trabalhadores. “Os deputados deveriam ter tido uma sensibilidade maior e insistindo mais em abrir os canais de negociação com o governo, porém o maior responsável pela condução do processo é o governo”, reforçou, reafirmando insatisfação. 


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