Florence defende direito de Lula ir ao enterro do irmão e ataca Bolsonaro: "Vergonha alheia"

O deputado federal Afonso Florence (PT) defendeu o direito do ex-presidente Lula de ir ao enterro do irmão, Genival Inácio da Silva, de 79 anos, conhecido como Vavá, que morreu na manhã desta terça-feira (29). O velório acontece ainda nesta terça-feira, e o sepultamento será feito na quarta-feira pela manhã. Se for autorizado, será a primeira vez que o petista deixa a carceragem da Polícia Federal, em Curitiba.

"Tenho a expectativa de que os julgamentos de alguns juízes voltem ao garantismo dos direitos fundamentais e do julgamento da Constituição. Parece que alguns direitos fundamentais não são respeitados", declarou Florence em entrevista ao programa "Se Liga Bocão", da rádio Itapoan FM.

A previsão é que o pedido de Lula seja atendido, mas a juíza Carolina Lebbos, responsável pela execução penal, ainda não se manifestou. A solicitação tem base no artigo 120 da lei 7.210/84. O texto fala que "os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semi-aberto e os presos provisórios poderão obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, quando ocorrer falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão".

Florence também fez críticas contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL). Segundo ele, o Nordeste não poderá ser penalizado na nova gestão.  "Todo governante é eleito pelo voto dos eleitores, mas também pelo conjunto do eleitorado de todo o país. O prefeito é de todos, o governador também. O presidente da República idem", destaca.

Segundo o petista, Bolsonaro "deveria se comportar como o presidente de todos, mas tem dito e tomado atitudes que não surpreendem". "Ele tem nos levado a um linguajar popular de vergonha alheia", ironiza.