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Polêmica: líder do PT acusa prefeitura de intolerância religiosa ao omitir nome de Iemanjá em placas públicas no Rio Vermelho

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Vereadora entrou com representação no Ministério Público   |   Bnews - Divulgação BNews

Publicado em 31/01/2019, às 20h36   Redação BNews


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Líder do PT na Câmara Municipal de Salvador, a vereadora Marta Rodrigues entrou com uma representação no Ministério Público da Bahia (MP-BA), através da promotora Lívia Vaz, nesta quinta-feira (31), pedindo a apuração de um ato de intolerância e racismo religioso por parte da prefeitura de Salvador em relação à Festa de Iemanjá, que acontece no próximo sábado (2). 

A edil se baseia na colocação de placas decorativas pela prefeitura, no circuito da festa, no Rio Vermelho, que nomeiam o festejo como “Festa Dois de Fevereiro”, quando, se trata, conforme a lei, de “Festa de Iemanjá”. 

“Tratar a única festa exclusivamente do candomblé que acontece na cidade, denominando-a publicitariamente, em placas pelas ruas, como “Dois de Fevereiro”, sem falar seu verdadeiro nome e sua intencionalidade, que é reverenciar uma entidade das religiões de matriz africana, configura como uma forma de racismo religioso. Omite a real intenção da festa e mais uma vez descaracteriza a festa, tentando desvencilhar de sua origem”, disse a vereadora.  

Conforme explica Marta, uma lei municipal de 1991 que estabelece o calendário de festas oficiais populares da capital baiana, como Bonfim, Santa Luzia, Conceição da Praia, dentre outras, deixa claro que o festejo tradicional é “Festa de Iemanjá”. 

Para a vereadora do PT, o executivo municipal tem tentado modificar a festa de várias maneiras, com a privatização do espaço público no antigo mercado do Peixe – atual Vila Caramuru – pára a realização de uma festa privada e com o patrocínio exclusivo da festa a uma marca de cerveja que polui visualmente todo o circuito da Festa de Iemanjá. “Aos poucos o prefeito tem tentado descaracterizar a festa. Este ano, como se não bastasse a poluição visual, ele quis impedir festas com som voltado para as ruas, uma tradição de anos. Agora quer omitir o nome da festa”, acrescenta.

Ofício – Ainda nesta quinta,  Marta Rodrigues enviou um ofício à Semop pedindo esclarecimentos sobre a proibição de faixas e cartazes com manifestações políticas no circuito.  

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