Política

Vereadores saem em defesa de Jorge Solla

Imagem Vereadores saem em defesa de Jorge Solla
Mesmo assim, petista quer esclarecimentos do ministro da Saúde sobre crise em Salvador  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 27/10/2011, às 07h41   Daniel Pinto


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Em meio ao "fogo cruzado" nos bastidores da Câmara Municipal nesta quarta (26), o vereador Gilmar Santiago (PT) saiu em defesa do secretário estadual da Saúde, Jorge Solla, acusado de não repassar recursos federais para o município, como estabelece o acordo da gestão plena. “Não há nenhum tipo de ilegalidade nessa operação. Gilberto José tem sido vítima de uma gestão que nunca priorizou a saúde e ainda herdou um passivo grande de outras administrações que também não investiram nessa área. Sei que é preciso buscar ações conjuntas mais efetivas entre governo e prefeitura, mas vejo em Solla a vontade de suprir essa lacuna”.

Além disso, o petista avalia como “exagerada” a sugestão do líder governista para que o secretário municipal peça proteção à Polícia.

A vereadora Aladilce Souza (PCdoB) vai além e sustenta que o desequilíbrio financeiro da SMS tem origem numa ação descuidada do ex-secretário José Carlos Brito, que esteve à frente da pasta entre 2008 e 2010. “No primeiro ano no cargo, ele simplesmente fez um novo acordo com as filantrópicas sem que tivesse lastro orçamentário para cumprir. Assim, o munícipio teve que arcar com uma despesa extra, já que as verbas federais são carimbadas e não podem ser desviadas para outras finalidades. O negócio foi tão sério que o secretário Jorge Solla teve que ir à Brasília para conseguir liberação para que a prefeitura usasse R$ 36 milhões da Assistência Farmacêutica para amortizar o prejuízo com as entidades”.

A comunista diz ainda que os próprios hospitais filantrópicos foram ao Ministério da Saúde para pedir que os recursos destinados às unidades de Salvador não passassem pela prefeitura, o que gerou os rumores de descumprimento da gestão plena.



Diante do exposto e da troca de acusações entre os grupos políticos, o vereador Alcindo da Anunciação (PT) sugeriu que a Câmara forme uma comissão para ir até o Distrito Federal conversar diretamente com Alexandre Padilha. “Um fala que não recebeu o dinheiro, o outro diz que já fez o repasse. Não nos resta alternativa a não ser ir até o ministro e ver onde, de fato, está o dinheiro. O que não pode é essa Casa cruzar os braços e ficar omissa enquanto a população sofre sem atendimento adequado”.

Fotos: Roberto Viana e Gilberto Júnior/Bocão News
Matéria publicada dia 16 às 19h23

Classificação Indicativa: Livre

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