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Antes de ir para o PSB, briga pela Sema causou racha interno no PT baiano

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Eugênio Spengler não era unanimidade dentro da legenda e causou um grande racha interno no grupo petista  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 05/02/2019, às 18h37   Henrique Brinco


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A indicação do novo comandante da Secretaria do Meio Ambiente da Bahia (Sema) era uma das mais aguardadas até agora. Ficará nas mãos do pessebista João Carlos Oliveira (foto). O PT baiano, no entanto, havia indicado inicialmente o nome de  Eugênio Spengler para a pasta. Ele não era unanimidade dentro da legenda e causou um grande racha interno no grupo petista. Tanto que a Secretaria de Meio Ambiente do PT-BA, uma das inúmeras setoriais da agremiação, divulgou uma carta aberta repudiando a possível indicação.
"Manifestamos nossa preocupação com a possibilidade do retorno do Ex. Secretário (Eugênio Splenger) que simboliza um retrocesso nas pautas da transição ecológica, gestão das águas, socioambiental e de uma gestão democrática participativa e de empoderamento dos colegiados. Pautas que ficaram sem atenção na sua gestão de 2011 a 2017.  Sabemos que a indicação da equipe de governo é uma atribuição do governador. No entanto, as indicações partidárias, devem passar pelas instâncias do partido, ou estaremos contradizendo nossos esforços de reconstruir o partido com base nas democráticas referências de suas instâncias", destacou a secretaria no documento.
Ao BNews, o presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação, confirmou que Splenger era a indicação do partido. "O nome de Eugênio, até pelo fato de ele ter sido secretário e ter desenvolvido um bom trabalho, é sempre citado", destacou. Questionado sobre a nota divulgada pela Secretaria de Meio Ambiente do PT-BA, o petista disse: "As secretarias são espaços de debate. A direção do PT nunca se debruçou para fazer avaliação de política de meio ambiente, nem no governo de Wagner e nem do de Rui".
Diante do imbróglio, a pasta acabou ficando com o PSB. Indicado da legenda, João Carlos Oliveira exerce atualmente o cargo de vice-presidente da Junta Comercial do Estado. No governo de Jaques Wagner, ele foi secretário interino do Turismo por dois meses, após exercer a função de chefe de gabinete entre 2011 e 2013.
 “A Bahia é o único estado do Brasil que possui cinco biomas: mata atlântica, cerrado, caatinga, área costeira e marinha, o que torna a questão ambiental mais complexa. Vamos trabalhar para dar continuidade aos projetos já estruturados e desenvolver um diálogo com os movimentos ambientais e sociais; e diversos parceiros, como o Ministério Público, CREA, entre outros”, destacou o novo secretário.
João Carlos é filiado ao PSB há mais de duas décadas e presidiu o partido em Itabuna, além de ser integrante da sua Executiva Estadual, onde dirigiu a seção baiana da Fundação João Mangabeira. Com pós-graduação em Administração Púbica pela Fundação Getúlio Vargas, ele tem um perfil técnico e pretende conciliar os avanços tecnológicos com o meio ambiente.

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