Política

Fátima Nunes repudia proposta do PSL para acabar com cotas: querem um Brasil de cem anos atrás

Guilherme Reis/BNews
Para a petista, a proposta é uma demonstração de um movimento de retrocessos sociais apresentado nas eleições  |   Bnews - Divulgação Guilherme Reis/BNews

Publicado em 17/03/2019, às 10h59   Guilherme Reis


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A deputada estadual Fátima Nunes (PT) repudiou o projeto de lei da deputada federal Dayane Pimentel (PSL-BA) que propõe o fim das cotas em universidades federais e em instituições de ensino técnico de nível médio. Para a petista, a proposta é uma demonstração de um movimento de retrocessos sociais apresentado nas eleições. 

"Considero um absurdo, porque para que a nossa raça negra tivesse vez e voz, participação social, participação no poder, direito a estudar, a se formar em doutor, foram muitos anos. E só no governo do ex-presidente Lula, com toda a movimentação do movimento negro, que conquistamos esse direito. Então, não ter as cotas é um retrocesso. Esse partido, o PSL, vem desde a eleição mostrando que teríamos um Brasil de cem anos atrás", disse ao BNews neste sábado (16), durante visita do governador Rui Costa (PT) às obras de macrodrenagem do Rio Jaguaribe, em Salvador.

Ela também criticou a fala do ministro da Educação, Ricardo Vélez, que afirmou que a 'universidade não é para todos'. "O ministro da Educação disse que universidade não era para todos. Então quando se retira a cota das mulheres, projeto do senador Angelo Coronel, dos negros, da deputada Dayane, e daquui a pouco dos índios, confirmará esse retrocesso", declarou.

Em nota, Dayane Pimentel rebateu e disse que seu objetivo é "suprimir as cotas raciais e manter as sociais", já que na Lei de Cotas há uma vinculação automática entre ambas. 

"O PL apresentado busca suprimir pura e simplesmente as cotas raciais. Por ser um artigo vinculado às cotas sociais, as quais apoio, o projeto foi apresentado sem essa separação. Isso será sanado por meio de termos substitutivos. Friso, assim, cumprir meu compromisso de campanha: suprimir cotas raciais e manter as sociais”, afirmou.

Matéria atualizada na segunda-feira (18), às 08h47.

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