Prefeitura confirma débito com ABI

Circula no Facebook um desabafo do jornalista Ernesto Marques sobre a situação da Casa dos Jornalistas de Salvador. O edifício, Ranulfo Oliveira, foi construído na década de 1950 pela Associação Bahian de Imprensa.  De acordo com o texto de Marques, a prefeitura de Salvador alugou e na paga os vencimentos há dois anos.

Outro problema apontado pelo jornalista é que a manutenção do prédio não vem sendo feito, e que, portanto, os funcionários e cidadãos que por lá passam estão correndo riscos. “Temos urgência em refazer toda a instalação elétrica do prédio. Além da fadiga dos materiais, consequência natural do uso, a sequência dos improvisos e a falta de manutenção aumentam o risco iminente de incêndio”, escreve.

A reportagem do Bocão News entrou em contato com assessoria do prefeito João Henrique. Houve o reconhecimento dos atrasos e um pedido para que a ligação fosse feita mais tarde. Entramos em contato e os telefones estavam desligados.

Confira o texto está sendo compartilhado no Facebook

PERDI A PACIÊNCIA

Há anos estou me dedicando à recuperação do edifício Ranulfo Oliveira, a Casa dos Jornalistas, construído na década de 1950 pela Associação Bahiana de Imprensa. Nem vou falar das características e do valor do prédio. Nem vou discorrer sobre os projetos da ABI, de interesse da cidade, a exemplo do Museu da Imprensa.

Estou desabafando aqui na expectativa de que talvez, pela via do constrangimento, a Prefeitura de Salvador resolva cumprir a comezinha obrigação de pagar os aluguéis em atraso (quase 2 anos) e cumpra o pedido, já formalizado quando Samuel Celestino ainda era o presidente da ABI, pela desocupação dos espaços que, além de usar e não pagar, vem depredando em nosso prejuízo. Temos urgência em refazer toda as instalação elétrica do prédio. Além da fadiga dos materiais, consequência natural do uso, a sequência de improvisos e a falta de manutenção aumentam o risco iminente de incêndio.

A Prefeitura deve se preocupar com a segurança dos servidores e das pessoas que vão ali para inscrever-se no Minha Casa Minha Vida ou para tratar das multas aplicadas pela Transalvador. Deve se preocupar também com os milhões de reais em autos de infração que rapidamente se convertem em dinheiro vivo.

Nós nos preocupamos com nosso patrimônio: o prédio, nossa biblioteca, o acervo do museu da imprensa, nossa história e a vida dos nossos funcionários, diretores e de quem nos frequenta. A compreensão e boa vontade em relação às dificuldades financeiras da Prefeitura têm limites.

Na próxima reunião de diretoria, dia 9 de novembro, vou propor a interdição do prédio. Se alguém achar que posso estar exagerando, passe lá pra ver e crer nas razões do meu desabafo. Sua Excelência e diversos secretários seus sabem de pormenores da situação.