Política

Suíca atribui ao racismo falta de votação do Estatuto da Igualdade Racial: 'Precisamos fazer justiça aos negros'

Paulo M. Azevedo/ BNews
Bnews - Divulgação Paulo M. Azevedo/ BNews

Publicado em 29/03/2019, às 10h01   Guilherme Reis e Bruno Luiz


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O vereador de Salvador, Luiz Carlos Suíca (PT), voltou a denunciar nesta sexta-feira (29) que o racismo tem impedido a tramitação e votação do Estatuto da Igualdade Social do município na Câmara Municipal. 

O projeto seria votado no fim do ano passado, mas a apreciação não ocorreu por causa de um movimento de vereadores da bancada evangélica, que alegaram que o texto beneficia as religiões de matriz africana. Para o petista, no entanto, o Estatuto não beneficia apenas um grupo, e sim toda a cidade.

“O Estatuto da Igualdade Social não é de lado, não é só para os pretos e pretas desse município, é um estatuto da cidade. Precisamos fazer um estatuto para uma cidade que é majoritariamente de negros, mas não estamos vendo-os em outros espaços, como o Parlamento, espaços de poder”, afirmou o vereador, que se referiu ao texto como “mecanismo para se fazer Justiça” aos negros, durante sessão para comemorar os 470 anos de Salvador.  

Decisão do STF
Adepto do candomblé, Suíca também comemorou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, em votação na quinta (28), declarou constitucional o sacrifício de animais em rituais de religiões de matriz africana.

Na avaliação dele, o STF respeitou a laicidade do texto. “Eu acho que se fez justiça. É o ideal. Estamos é um país laico, então é preciso respeitar todas as religiões. Considerar isso sacrifício, dizer que é um crime é um absurdo muito grande. É não respeitar a religiosidade das pessoas. Fazer de conta que respeita, mas na hora não respeita”, avaliou.

Classificação Indicativa: Livre

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