Política

CMS: bancada evangélica diz que Estatuto da Igualdade Racial é desigual

Reprodução/TV Câmara
Vereadora Lorena Brandão afirmou que é uma "falácia" afirmar que a bancada cristã é contra o texto, mas acredita que algumas alterações deveriam ser feitas  |   Bnews - Divulgação Reprodução/TV Câmara

Publicado em 02/04/2019, às 18h10   Henrique Brinco


FacebookTwitterWhatsApp

A visita da secretária municipal da Reparação, Ivete Sacramento, virou palco para a bancada evangélica da Câmara Municipal de Salvador criticar o projeto de Estatuto da Igualdade Racial. A reunião aconteceu na tarde desta terça-feira (2). A vereadora Lorena Brandão (PSC) afirmou que é uma "falácia" afirmar que os vereadores cristãos são contra o texto, mas acredita que algumas alterações deveriam ser feitas. 

"Acreditamos que o Estatuto precisa ser  mais amplo do que é hoje e contemplar a população negra e evangélica", discursou. Segundo ela, falta equidade no ponto da proposta que permite que adeptos de religião de matrizes africanas possam deixar seus trabalhos para cumprir ritos religiosos. A edil afirma que os evangélicos e demais cristãos deveriam ter o mesmo direito.

"Nossa sugestão aqui é ampliar esse debate, incluir os evangélicos nesse estatuto e entender que essa casa saiba aprovar algo que seja um estatudo de igualdade e não de desigualdade", completou.

Cátia Rodrigues (PHS) ratificou o posicionamento: "Esse projeto fere o princípio da laicidade por não contemplar todas as religiões como é o princípio da laicidade, isonomia e igualdade. Está atribuindo direitos a alguns negros em detrimento de alguns outros que são negros evangélicos, espíritas e católicos".

"Nós evangélicos somos taxados de intolerantes, que damos dinheiro a pastor, quando entramos nos lugares fazem biquinho. Então, acho que os evangélicos devem ser contemplados nesse Estatuto", pontuou.

Ivete Sacramento, por sua vez, pregou o diálogo e  o encontro de um denominador comum a respeito do texto. "Não podemos transformar a discussão do Estatuto em uma guerra religiosa", afirmou.

O Estatuto, que já tramita há quase uma década na Casa, deverá ser discutido na Comissão de Constituição e Justiça em breve. A informação foi confirmada ao BNews pelo presidente do grupo, Alexandre Aleluia. 

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp