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Após redução de pena de Lula, petistas baianos avaliam “excessos” do Judiciário

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Publicado em 23/04/2019, às 18h34   Juliana Nobre


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Parlamentares petistas baianos celebraram a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), nesta terça-feira (23), em reduzir para 8 anos, 10 meses e 20 dias o tempo de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado no caso do tríplex de Guarujá, em São Paulo. Ainda assim, eles avaliaram como “excessiva” a primeira condenação. 

O senador Jaques Wagner afirmou nas redes sociais que ainda é cedo para comemorações: "Mesmo que a decisão do STJ reconheça que houve um julgamento com excessos nas instâncias inferiores, acho cedo para comemorações. Prefiro aguardar a Justiça ser verdadeiramente feita e Lula ser inocentado".

O deputado federal Afonso Florence reafirma que não houve provas para a prisão do ex-presidente. “A redução da pena confirma que houve excesso na dose da pena. Ele [Lula] poderá progredir para o semiaberto no segundo semestre. Mas, é fato que não há provas. O processo deveria ser anulado”, disse ao BNews.

Jorge Solla, também deputado federal, usou sua conta no Twitter para dizer que o STJ “está envergonhado” e atacou o ex-juiz Sérgio Moro. “O STJ está envergonhado. Sabe que o correto seria inocentar Lula imediatamente. Reduz a pena porque, se absolve, deslegitima esse governo, que tem como ministro o juiz que condenou injustamente para tirar Lula das urnas. #LulaLivreJá”, escreveu.

O líder do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Rosemberg Pinto, também destacou “erros” na condenação do ex-presidente. "O presidente Lula é preso político. Não há nenhum argumento para 98% dos juristas brasileiros que possa condená-lo. Mas, em um país onde podemos ter como presidente Jair Bolsonaro, tudo é possível. Reconheço o avanço para conquistarmos a liberdade do presidente Lula, mas a decisão do STJ é uma demonstração de que o Poder Judiciário erra, como errou na temporalidade e no mérito, ao condenar Lula, que é inocente".

O líder do PT na Casa, Marcelino Galo, afirmou que a redução foi um “reconhecimento da inocência do ex-presidente”. “Se configura uma trapalhada jurídica. Primeiro que Lula é inocente. O julgamento foi político e o tempo que foi calculado pelo TRF-4 foi milimetricamente calculado para que Lula fosse para a cadeia. O Judiciário está reconhecendo a inocência de Lula. E queremos a anulação do julgamento”. 

Já o deputado estadual Robinson Almeida fez uma crítica a Operação Lava Jato. “É um sopro de Justiça que não repara o vendaval de arbitrariedades da Lava-Jato”.

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