Política

“Alivia, mas não cura o mal”, diz Everaldo sobre redução da pena de Lula no STJ

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Por unanimidade, ministros redefiniram nesta terça o tempo de prisão para 8 anos, 10 meses e 20 dias  |   Bnews - Divulgação Arquivo BNews

Publicado em 23/04/2019, às 19h39   Eliezer Santos e Juliana Nobre



O presidente do Partido dos Trabalhadores na Bahia, Everaldo Anunciação, considera que a decisão unânime do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de reduzir a pena do ex-presidente Lula “alivia, mas não cura o mal”.

Os ministros da 5ª turma do STJ, Jorge Mussi, Reynaldo Soares e Marcelo Navarro Ribeiro Dantas acompanharam o entendimento do relator do processo, ministro Felix Fischer, em reduzir para 8 anos, 10 meses e 20 dias o tempo de prisão do petista na condenação do caso do tríplex do Guarujá, no litoral de São Paulo.

“A decisão alivia, mas não cura o mal. É um absurdo. Cada vez mais clara que a condenação de Lula foi política, por trocas que Sérgio Moro recebeu pela condenação. E acho que o STJ começa a fazer uma correção, mas não aprofunda. Ela não tem fundamentação. Isso não ajuda para o processo democrático”.

“Não diria que afeta a credibilidade, mas ela expõe figuras do judiciário, que usam o poder para fazer política. Nós não comemoramos isso”, completou Everaldo Anunciação.

Com a redução da pena do STJ, Lula pode seguir para regime semiaberto em setembro deste ano, quando terá cumprido um sexto da pena.

Lula está preso desde abril de 2018 na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, após ter sido condenado a 12 anos e 1 mês de detenção pelos desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) no caso do tríplex do Guarujá, no Litoral de São Paulo.

Antes, em primeira instância, o petista havia sido condenado pelo então juiz federal Sérgio Moro a 9 anos e 6 meses de prisão.

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