Política

Após suposta interferência de Neto na ordem do dia, Edvaldo Brito dispara: o prefeito não pode mandar na Câmara

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O vereador afirmou ainda que o povo foi desrespeitado  |   Bnews - Divulgação Arquivo BNews

Publicado em 09/05/2019, às 08h29   Guilherme Reis



O vereador Edvaldo Brito (PSD) teceu duras críticas à prefeitura de Salvador, que teria interferido na pauta de votações da Câmara Municipal e tirado da ordem do dia projetos do pessedista. Um deles racionaliza atos e procedimentos administrativos dos poderes do município e outro dispõe sobre a participação de representantes dos heróis do 2 de Julho no desfile comemorativo da Independência, em Brasília. Também não entrou em votação uma matéria que torna patrimônio imaterial de Salvador o idioma Iorubá.

“Qual é o nosso papel nesta Casa? Qual a nossa função? Só não renuncio agora porque tenho compromisso com a parcela da população que me elegeu, mas é preciso mostrar que tem gente aqui que não cumpre a sua função legislativa, não merecendo o dinheiro que recebe dos impostos do trabalhador. Ou essa Casa é respeitada, ou perde o sentido de existir”, protestou Brito em discurso no plenário.

Ao BNews, na manhã desta quinta-feira (09), o vereador afirmou que o povo foi desrespeitado. “Estamos assistindo a coisas incríveis. Os vereadores passam pano ali e não veem aprovados projeto seus. Mas o prefeito manda projeto dele, com data certa, e a Casa os acolhe”, disse. 

“Vou endurecer o jogo lá dentro. Vamos peitar prefeito, quem quer que seja. Não nasci vereador, nasci Edvaldo Brito. Não fiz minha história na Câmara, levei minha história para lá. O prefeito pode mandar na prefeitura, mas não na Câmara. É preciso fazer uma revisão na Casa. Os projetos dele não podem ter privilégio sobre os nossos”, acrescentou.

Na sessão, o presidente da Câmara, Geraldo Jr. (SD), se solidarizou com Brito. “Não podemos aceitar essa situação, do Colégio de Líderes fazer um acordo e ele não ser cumprido no plenário. A partir da próxima semana eu mesmo vou estabelecer a ordem dia, com os projetos de lei dos vereadores. Enquanto não forem votados, não aprovaremos homenagens, indicações etc. A mesma indignação que o senhor tem, professor Edvaldo Brito, eu também tenho e não mais admitirei essa situação”, pontuou. 

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