Política

'Adoraria que Paulo Guedes fosse presidente da República', diz Roberto Justus

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Apresentador questiona o Ibope baixo de 'O Aprendiz' e diz que não contrataria Dilma 'nem para faxineira'   |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 26/05/2019, às 08h00   Monica Bergamo, Folhapress



“Eu rezo por confrontos!”, diz Roberto Justus, 64. “Primeiro porque me considero preparado intelectualmente para uma conversa com essas pessoas. Segundo, porque dá audiência.” Ele rebate as acusações de que a produção edita os episódios do programa “O Aprendiz”, do qual é apresentador, para favorecer a sua imagem em discussões com os participantes.

O youtuber PC Siqueira, um  dos competidores da atração, foi o mais enfático. “Se continuarem cortando as minhas respostas ao @robertojustus e dar a entender que eu só levava esporro, vou contar tudo em vídeo como foi hihihi”, postou ele em uma rede social.

“Convidei eles para conversar aqui na minha casa. Expliquei como funcionava o critério da edição e todos entenderam. Saímos daqui rindo”, conta Justus. “Não dá pra por todo mundo falando tudo. Preciso mostrar coisas interessantes. Que me confrontem, por favor.”

“O Aprendiz” voltou ao ar na Band após dez temporadas na Record [2004 a 2014] e cinco anos fora do ar. Justus comprou os direitos do programa por três temporadas. A edição deste ano reuniu 18 influenciadores digitais e termina no dia 24 junho, com final ao vivo.

O apresentador se diz decepcionado com a audiência do programa na TV aberta —a Band não divulgou o índice consolidado. “É muito decepcionante. Está dando 1,5 [pontos]. Eu esperava uma média de três. É inexplicável”, diz ele. Cada ponto da Kantar Ibope na Grande São Paulo equivale a 73 mil domicílios e a 204.050 pessoas.

Fui convidado [a me candidatar à Presidência]. Fui até Brasília conversar —prefiro não ficar revelando [qual partido]. Mas não tive esse apetite. O Luciano Huck foi mais longe do que eu.

Pensei: ‘Passar por uma campanha sanguinária como essa, depois por momentos como o que o presidente está passando agora, em uma hora da minha carreira que eu estou venerando a agenda vazia?’ Fui escravo da minha agenda durante 37 anos [de carreira na publicidade, que se encerrou em 2017 ao deixar de vez o grupo Newcomm]. Das 9h às 21h, era uma reunião atrás da outra. Eu não podia fazer nada. Hoje faço ginástica, jogo meu tênis, trabalho meio período.

Estou ativo, envolvido em quatro ou cinco negócios diferentes, como presidente de conselho e sócio [de empresas de investimento no mercado financeiro]. Nessa hora eu vou inventar Brasília pra mim? Nesse ambiente [político] eu ia me dar muito mal. Acho que posso ajudar mais com as minhas ideias. Mas trabalhar dentro do governo, nessa altura da minha vida, não.

GOVERNO FEDERAL

Quando as eleições começaram, eu não era [pró-]Bolsonaro. Achava que a gente poderia ter o equilíbrio do [Geraldo] Alckmin [PSDB]. Mas comecei a enxergar outra história.

O Brasil precisava de um capitão para botar ordem e progresso —talvez ele não cuidasse tanto do progresso quanto da ordem, [mas] a ordem é maravilhosa. Esse lado um pouco mais conservador dele [Bolsonaro], eu achava legal.

DILMA E TEMER

Tira o Michel Temer da parte de político tradicional, envolvido nas coisas. Põe ele como gestor. Foi um dos melhores presidentes que nós tivemos nos últimos anos. Tentou reformar a Previdência, não conseguiu. Tentou fazer coisa. Ele não tinha apoio pelo fato de ter chegado lá com o: “Ah, ele deu o golpe!”.  Ele foi eleito junto com a Dilma!

Quem deu o golpe foi a incompetência da Dilma Rousseff. Ela não sabe nem falar, quanto mais presidir um país. Ela é uma piada de mau gosto. Eu não contrataria a Dilma Rousseff para ser faxineira da minha casa, porque acho que ela não entenderia onde precisa limpar, de tão ruim.

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