Política

“Voo na Bahia é mais caro que ir para a Europa”, afirma Nelson Leal sobre alto preço das passagens

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Presidente da AL-BA convocou uma sessão especial no plenário da Casa para discutir o assunto  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/ BNews

Publicado em 27/05/2019, às 10h35   Marcos Maia e Bruno Luiz


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O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Nelson Leal (PP), manifestou preocupação nesta segunda-feira (27) com os preços “estratosféricos” das passagens aéreas no Brasil. De acordo com ele, os valores são tão altos que é mais fácil viajar para a Europa do que sair da Bahia para outro estado brasileiro.

Para discutir o tema, Leal convocou uma sessão especial no plenário da Casa. As empresas de aviação foram convidadas, segundo o presidente, mas não foram receptivas. Não se sabe quais irão comparecer à sessão. 

“Estamos tendo preços de passagem aqui estratosféricos. Qualquer voo, mesmo que dentro da Bahia, é mais caro do que ir para a Europa. É mais barato ir para a Europa do que ir para Barreiras. Semana passada, chegou aqui uma passagem de R$ 3,2 mil de Salvador para Brasília. É uma discussão importante, escutar as companhias aéreas e ver quais são os componentes que levam a ter custos tão elevados para a população baiana e brasileira”, defendeu o pepista. 

Questionado se a crise na empresa aérea Avianca teria piorado a situação, Leal disse que o problema já ocorria antes disso. “É inaceitável. O maior prejudicado nessa história toda é o povo e nossa economia”, disse, ao ponderar que a aprovação da Medida Provisória 863 permitindo até 100% de capital estrangeiro nas empresas foi importante, mas é necessário buscar formas de tornar os preços ainda mais competitivos. 

Sobre a sessão, o presidente da AL-BA argumentou que não há “caça às bruxas” contra as companhias. “É uma oportunidade de as companhias explicarem o que está acontecendo. Estamos indo na contramão do mundo. O mundo procura ter cada vez mais companhias de baixo custo para atingir quem menos tem. Aqui, estamos elitizando o transporte aéreo”, criticou. 

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