Política

ACM Neto sinaliza que fará ofensiva a Rui após deixar a prefeitura de Salvador

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“O que se vende na propaganda não se vê na realidade", antecipou  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza / BNews

Publicado em 03/06/2019, às 20h25   Eliezer Santos


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Em ano de poucos embates com o governador Rui Costa (DEM) – diferente do que aconteceu na pré-campanha de 2018 – o prefeito ACM Neto (DEM) afirmou que o período de trégua tem dias contados. 

“Nunca tive disposição de fazer provocações gratuitas ao governador. As polêmicas que nos envolveram a maioria delas foi motivada pelo governador ou pessoas ligadas ao governador. Eu não saio por aí gratuitamente atacando, eu sei o meu papel como prefeito da capital. É claro que depois que eu deixar a prefeitura vou ter muito mais liberdade para fazer oposição ao governador e ao seu governo, e o farei. Colocarei as coisas com muita clareza”, declarou nesta segunda-feira (3), em entrevista ao apresentador Zé Eduardo no Jornal da Cidade 2ª edição, na rádio Metrópole.

Principal nome da oposição para disputar o Palácio de Ondina em 2022, o presidente nacional do Democratas antecipou críticas à condução da gestão petista na Bahia. 

“O que se vende na propaganda não se vê na realidade. Às vezes vejo outdoor do governo dizendo que paga funcionários em dia e está com as contas em dia. Isso não é mais que obrigação. Não faço propaganda, gastando dinheiro público falando do que é minha obrigação”, protestou, ao sinalizar ainda queixas contra os indicadores educacionais do estado.

“Para além disso, os indicadores da educação da Bahia são uma vergonha, a pior do Brasil. Quem diz isso é o Ideb. A educação de Salvador foi a que mais avançou. A da Bahia é a pior do Brasil”, acentuou.

Em tom mais ponderado, ACM Neto admitiu que não poderia ignorar virtudes do governador. “Não vou ser desonesto em dizer que tudo que ele [Rui Costa] faz é errado. Acho até que ele tem acertos”.

Por ora, o prefeito de Salvador disse que prefere manter a relação institucional tal como ocorreu quando conseguiu entendimento com o ex-governador Jaques Wagner (PT) em torno das obras do metrô de Salvador. No início deste ano, prefeito e governador encontraram-se para alinhar pautas em comuns.

“Os temas mais relevantes avançam, aí está o metrô. Quando cheguei à prefeitura era uma novela que se estendia há 12 anos e nós conseguimos destravar em acordo com o então governador Jaques Wagner, Dilma Rousseff e o atual governador Rui Costa era chefe da Casa Civil e participou de todos os entendimentos”.

“Agora, também não posso dizer que sou amigo dele, que tenho intimidade com ele e que desfrutamos ambientes sociais comuns. Eu acho que de certa forma ele sempre procurou manter uma certa distância com relação a isso e eu respeitei porque eu só posso ser amigo de quem quer ser meu amigo”, finalizou.

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