Política

Ex-procurador Marcelo Miller nega ter mantido encontros com o ex-diretor jurídico da Odebrecht

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Ex-diretor da Odebrecht diz que Miller o ligou apenas para informar que estava migrando para a iniciativa privada  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 04/06/2019, às 10h03   Redação BNews


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O ex-procurador Marcelo Miller, ex-braço-direito de Janot, negou à coluna Radar da Veja ter mantido encontros com o ex-diretor jurídico da Odebrecht, Adriano Maia, para tratar de sua ida para a iniciativa privada, ao deixar o MPF em abril de 2017.
Conforme a coluna, no fim de 2016, Maia disse que Miller o ligou para informar da sua decisão de deixar a inciativa pública, sem declinar o nome da banca privada em que buscava emprego. Naquele momento, Odebrecht e PGR estavam negociando o acordo de leniência. Já Miller, por meio de sua assessoria, disse que ao contatar Maia perguntou sua opinião sobre eventual mudança da área pública para a iniciativa privada, sem discutir possíveis empregadores ou áreas de atuação.
Em abril do ano seguinte, mandou mensagem a Maia solicitando uma reunião para apresentar seu trabalho enquanto advogado do escritório Trench, Rossi & Watanabe. Ao Radar, o ex-diretor jurídico disse que não o recebeu.

O ex-procurador Marcello Paranhos de Oliveira Miller foi acusado de corrupção passiva e foi uma espécie de braço-direito do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, até março de 2017, pouco antes do fechamento de acordo de delação premiada firmada pela Procuradoria com a JBS, em abril.

Ele integrava o grupo de trabalho recrutado por Janot para a Operação Lava Jato e ajudou a fechar os acordos de delação premiada do ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado e do ex-senador Delcídio do Amaral. Ele se desligou do Ministério Público Federal para ser sócio de um escritório de advogados especializado em compliance (consultoria e auditoria para empresas atuarem em conformidade com as leis), a Trench Rossi Watanabe, que tem entre entre as atividades a negociação de delações.

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