Política

MPF denuncia ex-governador de Goiás por recebimento de propina da Odebrecht

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A denúncia foi oferecida no âmbito da operação Cash Delivery - um dos desdobramentos da Operação Lava Jato  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 21/06/2019, às 13h45   Redação BNews


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O ex-governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB) foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. De acordo com informações do jornal O Estado de São Paulo, a denúncia foi oferecida na última quarta-feira (19) no âmbito da operação Cash Delivery - um dos desdobramentos da Lava Jato - e decorre de acordos de leniência e colaboração premiada firmados com a Odebrecht.

De acordo com a denúncia, Perillo teria solicitado e recebido propinas no valor de R$17.808.720,17 da Odebrecht com o intuito de favorecer interesses da empreiteira em contratos e obras no Estado. Além do ex-governador, também foram denunciados Jayme Eduardo Rincón, Márcio Garcia Moura, Paulo Rogério de Oliveira e Carlos Alberto Pacheco Júnior. Eles são acusados de operacionalizar o recebimento da propina.

Rincón era tesoureiro de Perillo, e intermediava os pagamentos. Além disso, de acordo com o MPF, ele tratava junto a executivos da Odebrecht dos valores requisitados pelo ex-governador. Já os outros três denunciados seriam responsáveis por buscar o dinheiro ilícito. Na denúncia, o MPF ainda pede reparação à Administração Pública de no mínimo R$ 17 milhões, e o sequestro de bens de Perillo - bem como dos demais denunciados.

Outro lado 

Por meio de nota encaminhada à publicação, a defesa de Perillo manifestou "indignação" com a denúncia e disse que o ex-governador não tem nenhuma preocupação com os fatos constantes na peça apresentada pelo MPF. Para os representantes do tucano, a apresentação da denúncia comprova "parcialidade" e "perseguição" ao político.

"Em respeito ao Judiciário não teceremos nenhum comentário sobre o mérito, por entender que há uma clara usurpação de competência e abuso de poder e, mais uma vez, uma odiosa perseguição que deve ser apurada com a devida responsabilização", concluiu.

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