Política

Tabata pagou R$ 23 mil ao namorado por 50 dias de trabalho durante campanha

Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Através de sua assessoria, a parlamentar disse que sua campanha "cumpriu as leis eleitorais na contratação de seus serviços e pessoas"  |   Bnews - Divulgação Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Publicado em 20/07/2019, às 09h39   Redação BNews


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A deputada federal Tabata Amaral (PDT) empregou seu namorado Daniel Alejandro Martínez por 50 dias durante sua campanha e pagou R$ 23.050 pelos serviços de análise estratégica prestados por ele durante este período.

De acordo com reportagem publicada pelo site da revista Exame na manhã deste sábado (20), as informações do pagamento estão disponíveis na prestação de contas da deputada no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

A prática não pode ser considerada ilegal, uma vez que a atual parlamentar não ocupava cargo público no período. “Não existe, na teoria, impedimento. Mas como o financiamento é público, com parte do financiamento de campanha vindo de fundo partidário, ela estaria empregando o namorado com dinheiro público”, ponderou o advogado especializado em direito eleitoral da Bruno Perman à Exame.

Tabata recebeu cerca de R$ 1,3 milhão durante o período eleitoral, e a maior parte deste montante veio da direção nacional do PDT - R$ 100 mil reais. A prestação de contas da campanha ao TSE aponta que  Martínez recebeu o quarto maior pagamento da campanha dado a uma pessoa física.

Procurada pela reportagem, Tabata - apontada como um dos nomes da "nova política" brasileira - preferiu não conceder entrevista sobre o assunto. Através de sua assessoria de imprensa, a parlamentar disse que sua campanha "cumpriu as leis eleitorais na contratação de seus serviços e pessoas".

Alejandro Martínez é formado em ciências e filosofia com bolsa integral pela Universidade Harvard e é bolsista do programa “Michael C. Rockefeller Fellowship”, um dos mais disputados da universidade americana. Atualmente, o namorado de Tabata estuda questões ecológicas e econômicas da Amazônia.

Classificação Indicativa: Livre

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