Política

Líder do PCdoB vê programa de médicos do governo Bolsonaro como "passo importante" para saúde do país

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Na Câmara, Daniel ressalta a necessidade de reconhecer e aprovar os pontos positivos do programa e realizar alterações na proposta  |   Bnews - Divulgação Arquivo BNews

Publicado em 02/08/2019, às 16h45   Pedro Vilas Boas


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O líder do PCdoB na Câmara dos Deputados, Daniel Almeida, acredita que o programa do governo Bolsonaro "Médicos pelo Brasil", pensado para substituir o "Mais Médicos", é um "passo importante", para a saúde do país. 

Em entrevista ao BNews, ele disse que o novo programa substituirá lacunas deixadas pelo antigo projeto lançado ainda no governo Dilma Rousseff (PT). "Ter uma política específica pra saúde, o atendimento à saúde, sim [vê com bons olhos]. Eles acabaram de forma intempestiva o Mais Médicos, por razões meramente ideológicas, e ficaram pressionados pra ter uma alternativa, e a alternativa que foi apresentada supri algumas dessas lacunas, que foram feitas com a saída do Mais Médicos", explicou.

Na Câmara, Daniel ressalta a necessidade de reconhecer e aprovar os pontos positivos do programa e realizar alterações na proposta. "Vamos analisar pra manter os pontos positivos e fazer modificações. supõe-se que um projeto quando chega na Câmara passe por modificações", disse.

Reforma da Previdência

O líder do PCdoB na Câmara dos Deputados disse que a oposição irá continuar trabalhando para derrotar a proposta da reforma da Previdência na Casa, mas reconhece que deve ser derrotado. "Vamos defender a tese de que o Senado discuta os assuntos. Acho que o Senado não vai se comportar apenas como uma Casa homologatória, ela terá que se debruçar sobre o mérito", explicou.

O objetivo é influenciar a opinião pública com o discurso contrário à reforma, enquanto espera que o Senado devolva a proposta. "Mostrar que somos a favor de reformas, mas não dessa reforma. Nós podemos ter oportunidade de fazer com que o Senado devolva a matéria pra Câmara", afirmou.

O programa

O governo Bolsonaro editou nesta quinta-feira (1) uma Medida Provisória (MP 890/2019) que cria o programa Médicos pelo Brasil, em substituição ao programa Mais Médicos lançado em 2013 pela ex-presidente Dilma Rousseff. No entanto, para virar lei, o texto precisa ser aprovado pelo Congresso em até 120 dias.

O objetivo da medida é suprir a demanda por médicos no país, além de formar especialistas em Medicina de Família e Comunidade. Ao todo, serão disponibilizadas 18 mil vagas, sendo 13 mil em municípios de difícil acesso. 55% das oportunidades serão em municípios do Norte e Nordeste, em áreas mais pobres. O edital com as primeiras vagas deve ser publicado em outubro.

Médicos brasileiros e estrangeiros formados lá fora poderão participar, desde que façam o exame que permite um diploma obtido no exterior ser reconhecido no Brasil, o Revalida. Quem entrar para o novo programa vai substituir gradativamente quem está hoje no Mais Médicos e será contratado pelas regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-lei 5.452, de 1943). Para concorrer, o candidato deverá ter registro válido um Conselho Regional de Medicina (CRM).

Classificação Indicativa: Livre

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