'Os comentários mais polêmicos de Bolsonaro estão prejudicando e podem começar a gerar instabilidade', diz Janaína Paschoal

A deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP) tem constantemente discordado das posturas do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Ela diz que seu objetivo é conciliar e fortalecer o governo, "não destruir".

"É conselho, é pedido, é quase implorando, entendeu? Porque não tem sentido colocar tanta coisa importante em risco para manter um estilo", afirmou a deputada à BBC Brasil. Na avaliação da autora do pedido de impeachment de Dilma Rousseff (PT), "os comentários mais polêmicos" de Bolsonaro "estão prejudicando e podem começar a gerar instabilidade".

QUEBROU TUDO

Homem vandaliza unidade de saúde no bairro de Tancredo Neves, em Salvador

Política

PT liga sinal de alerta sobre efeitos de cassação de Sergio Moro; saiba motivo

Um dos comentários problemáticos foi sobre o pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, desaparecido na ditadura militar. "O presidente vai ajudar muito a nação se deixar 1964 em 1964", ironizou. "Ao fazer um comentário absolutamente fora de contexto e desnecessário, (Bolsonaro) acabou transformando o presidente da OAB num marco da democracia", acrescentou.

Outro ponto de embate de Paschoal com os correligionários é em relação aos conteúdos divulgados pela Vaza Jato. Para ela, eles devem ser apurados. "Vamos punir a quadrilha pelas interceptações ilegais, mas eu quero saber o que tem lá. Defendo a liberdade de informação", pediu.

A deputada também tem defendido a investigação sobre Flávio Bolsonaro por supostamente ficar com parte do salário de funcionários do seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), quando ele era deputado estadual. "Não dá para esses fatos virem à tona e ficaram absolutamente alheios a qualquer tipo de apuração... Quero saber o que eram aquelas movimentações, qual era o papel desse cidadão (Queiroz)", finalizou.