Política

Obstrução e acordo para limpar pauta derruba sessão na AL-BA

Vagner Souza / BNews
Bnews - Divulgação Vagner Souza / BNews

Publicado em 13/08/2019, às 19h10   Eliezer Santos


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A sessão desta terça-feira (13), na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), que começou com a expectativa de votação das contas de 2015 do governador Rui Costa (PT), terminou sem que nenhum dos projetos - que hoje travam a pauta - fosse apreciado.

Para votar qualquer matéria, os deputados precisariam antes limpar dois projetos que estão sobrestando a pauta. São eles, o PL 16.267/2007, que torna obrigatória a instalação de placas em braile contendo a relação das linhas de ônibus e seus itinerários nos terminais rodoviários do Estado, e o PL 21.549/15, que dispõe sobre a criação do dia de conscientização e combate às doenças da glândula tireoide no Estado da Bahia.

As proposições começaram a ser debatidas, mas a quantidade de oradores inscritos faria a sessão se entender noite a dentro. Assim, os líderes de governo e oposição, os deputados Rosemberg Pinto (PT) e Targino Machado (DEM), respectivamente, acordaram de derrubar a sessão e retomar as atividades nesta quarta-feira (14), acrescentando ao roteiro de votação projetos de parlamentares das duas bancadas. 

"A pauta está sobrestada, se não tiver acordo, terça-feira eles vão querer votar. Para eles votarem qualquer outra coisa, tem que votar esses dois projetos. Aí vai pra 2 horas da manhã para terminar de votar, em obstrução", afirmou Targino.

Ele chegou a falar em seis matérias pela ala da minoria, mas Rosemberg preferiu não precisar a quantidade. 

"Amanhã vamos apreciar projetos de deputados. Se chegarmos a um acordo, se vai ser um, dez, duzentos, não tem problema nenhum", acrescentou Rosemberg.

Nesta quarta, o governador Rui Costa deve ir à Câmara Municipal apresentar detalhes do projeto do VLT aos vereadores e há temor que o evento atraia deputados governistas, gerando esvaziamento ao quórum da AL-BA.

Após zerar a pauta, Rosemberg Pinto deve costurar novo acordo para votar, além das contas de 2015, o pedido de urgência feito pelo Executivo para que a Casa autorize um empréstimo de 40 milhões de dólares.

"[Votação] de Conta não tem acordo, não tem acordo. Uma conta que já em 2015 teve 43 recomendações?", criticou Targino.

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