Candidato à Presidência da Argentina chama Bolsonaro de "racista, misógino e violento"

O candidato da oposição à Presidência da Argentina, Alberto Fernández, detonou o presidente Jair Bolsonaro na noite de segunda-feira (12). O aliado e membro da chapa da ex-presidente e senadora Cristina Kirchner disse que o mandatário brasileiro é "racista, misógino e violento".

Mesmo assim, Fernández afirmou que Bolsonaro é uma “circunstância da vida” e garantiu que quer manter boas relações com o Brasil. As críticas surgiram após o presidente brasileiro, que apoia a reeleição de Mauricio Macri, citar que o Brasil poderia ver " irmãos argentinos fugindo para cá" se a "esquerdalha" vencer as eleições de 27 de outubro.

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“Em termos políticos, eu não tenho nada a ver com Bolsonaro. Comemoro enormemente que ele fale mal de mim. É um racista, um misógino, um violento. Não tenho problemas em ter problemas com ele. O que eu pediria ao presidente Bolsonaro é que deixe Lula livre e pediria que se submeta a eleições com Lula em liberdade”, comentou Fernández. Nas eleições primárias realizadas no último domingo (11), ele conseguiu uma grande vitória contra Macri.

“Com o Brasil, teremos uma relação esplêndida. O Brasil sempre será nosso principal sócio. Bolsonaro é uma conjuntura na vida do Brasil, como Macri é uma conjuntura na vida da Argentina”, salientou o candidato em entrevista a uma emissora de TV.

Em julho, Fernández visitou o ex-presidente Lula (PT) na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Ele assegurou que ficará ao lado do petista, que foi sentenciado a oito anos e dez meses de prisão no caso do triplex do Guarujá.