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CMS: Duda Sanches aceita denúncia de Marcelle contra Ana Rita Tavares na Corregedoria

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Edil terá 15 dias para apresentar sua defesa no caso em que é acusada de supostamente agredir uma ex-assessora  |   Bnews - Divulgação BNews

Publicado em 15/08/2019, às 19h57   Henrique Brinco


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O corregedor-geral da Câmara Municipal de Salvador (CMS), Duda Sanches (DEM), admitiu a denúncia da vereadora Marcelle Moraes (Sem Partido) contra a vereadora Ana Rita Tavares (PMB). A edil terá 15 dias para apresentar sua defesa no caso em que é acusada de supostamente agredir uma ex-assessora.

Marcelle pede a expulsão de Ana Rita da Comissão das Mulheres da CMS. "Nós fomos atrás de todo o arcabouço regimental para entender melhor essa situação e, de fato, é um caso muito sério. Houve um relato onde uma pessoa afirma que foi contratada pela vereadora para fazer uma acusação a outra. Então, além dos empecilhos que essa pessoa terá na Justiça, e que não envolve a CMS em nada, a vereadora deverá prestar esclarecimentos. Temos interesse em ouvir ambos os lados. Vimos que esse caso não evoluiu de forma positiva dentro da casa. Então, ouvir todas as partes e buscar harmonia é o nosso papel. Então, admitimos a denúncia e demos o prazo legal para a defesa da vereadora", declarou Duda ao BNews.

"É muito cedo para a gente culpar alguém. A gente tem que ouvir a versão da vereadora. Temos fatos que são os vídeos comprobatórios da pessoa que afirma que foi orientada pela vereadora, mas que até então isso é apenas a palavra de uma pessoa contra a outra. Mas isso não prova nada. Havendo uma culpabilidade ou algo comprovado ou até mesmo  que haja por parte da vereadora algum tipo de concordância com o que a acusadora impôs, as sanção são diversas. O regimento prevê advetência ao partido, ao vereador e, em casos mais extremos, até mesmo passando em plenário a expulsão da vereadora", completou o edil. 

Outro lado
Procurada pelo BNews, Ana Rita Tavares defendeu-se das acusações. "Vou ter que mostrar que o que ela está fazendo é irresponsável, infudado, e que é uma perseguição ao meu trabalho honrado. O que ela alega está sendo apurado pela política. E o resultado disso tudo que ela e o irmão dela [Marcell Moraes] estão fazendo será levado a público. Já tenho as provas. É leviano, é irresponsável. Não fiz absolutamente nada do que ela me acusa. Ela vai responder civilmente e criminalmente pela leviandade e irresponsabilidade dela em fazer esse tipo de acusação. O que ela quer é criar um fato político. Ela ganha visibilidade com isso, porque não tem trabalho", defende-se a edil, que sugere que Marcelle trabalhe mais pelos animais. "Histórico de agressividade eu não tenho nenhum na minha vida".

Ana Rita também disse que não é ela "que está sendo processada pelo Ministério Público Eleitoral". "É Marcell Moraes que está sendo investigado. Tem uma ação para cassação do mandato dele. Não será Marcelle que conseguirá cassar meu honrado mandato com esse tipo de ardil que ela montou contra mim. Tem um vídeo mostrando a assessora dela no Shopping Bela Vista, num restaurante, conversando com a moça que está a serviço deles para me atingir. Mas não atinge".

Entenda o caso
A vereadora Ana Rita Tavares (PMB) está sendo acusada por uma ex-assessora de agressão física, após um desentendimento em uma casa localizada no bairro de Vilas do Atlântico, em Lauro de Freitas.  Vanessa Silva afirma que teria sido agredida quando ajudava um gatil, mantido por movimentos de proteção animal. Em uma foto enviada à reportagem, é possível ver lesões localizadas em um dos braços da antiga funcionária da vereadora.

No boletim de ocorrência registrado na delegacia da região, Vanessa afirma que outro assessor da vereadora, identificado como Carlos Ferreira, também a agrediu e teria tomado seu celular. Ana Rita Tavares afirmou que irá processar a antiga assessora. "Tudo isso já está sendo conduzido pra esfera judicial", informou.

Classificação Indicativa: Livre

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