Política

Daniel Almeida defende governos do PT e aponta distanciamento entre Bolsonaro e Moro

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Ele disse que as pessoas precisam fazer um balanço dos erros e acertos nos 14 anos em que Lula e Dilma ficaram no poder  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Youtube

Publicado em 22/08/2019, às 20h36   Márcia Guimarães


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O deputado federal Daniel Almeida, líder do PCdoB na Câmara dos Deputados, defendeu as gestões do PT na Presidência da República e disse que as pessoas precisam fazer um balanço dos erros e acertos nos 14 anos em que Lula e Dilma ficaram no poder. O partido de Almeida era base do governo na época.

“Erros todos nós cometemos. Se formos fazer um balanço [do governo na época do PT], o saldo é muito favorável: o Brasil ficou melhor no período que governamos, com políticas públicas e ações dirigidas à maioria do nosso povo. Não fomos um governo contra, fomos de harmonização da sociedade, na qual a população mais pobre se beneficiou mais. Criamos e investimos em programas sociais, em educação, no Minha Casa Minha Vida, por exemplo. O problema é que alguns procuram superdimensionar erros e eliminar acertos”, avaliou Almeida durante entrevista ao apresentador Zé Eduardo, na noite desta quinta-feira (22) na Metrópole.

Em seu 5º mandato na Câmara dos Deputados e coordenando a bancada da Bahia na Casa, ele detonou o presidente Jair Bolsonaro por chamar os políticos de esquerda de esquerdopatas e outros adjetivos pejorativos. “Fico muito preocupado, como a maioria dos brasileiros e boa parte da população mundial, com a desqualificação que o presidente adota quando há a tentativa de entrar no debate político. Ele não faz a disputa política num patamar de confrontação de ideias e opiniões. Ele faz o semear de ódios e tem insistido que o alvo é combater os comunistas, a esquerda, e destruir as ideias que ele não concorda”, criticou o deputado.

Na avaliação dele, o Governo Bolsonaro age como se tivesse sido autorizado, através do voto popular, para ser dono da República e impor sua vontade. Com isso, tem tentado anular as demais instituições autorizadas pela Constituição, como associações, sindicatos, conselhos, OAB, entre outras.

Almeida ainda citou que o chefe de Estado tem demonstrado total interesse na reeleição, mesmo tendo afirmado anteriormente que não tentaria se reeleger. “Bolsonaro não consegue sustentar à noite o que disse pela manhã. Disse que não ia para a reeleição, mas seus movimentos mostram que ele só pensa isso. Inclusive, tem se distanciado de Sergio Moro [ministro da Justiça], pois o vê como uma sombra, uma ameaça, já que o ex-juiz pode querer disputar a próxima eleição”, explicou.

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