Lei “Antibaixaria” deveria ter sido votado em setembro e até hoje não tramitou na comissão |
Publicado em 23/11/2011, às 19h04 Redação Bocão News
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A deputada estadual Luiza Maia (PT) voltou a criticar seus pares por não colocar o projeto “antibaixaria” para andar na Casa. A parlamentar revelou que nenhuma comissão discutiu a proposição e por isso não foi votado ainda.
“Conversei hoje com o presidente Marcelo Nilo (PDT) e ele queria levar direto ao Plenário. Nós não queremos que seja assim. Nós entendemos que é importante discutir o projeto. Até porque tem muito deputado que ainda não compreendeu a concepção do projeto”.
A parlamentar foi entrevistada pelo apresentador Zé Eduardo, do programa Se Liga Bocão, na rádio Itapoan. Durante a conversa, Luiza Maia revelou que dentro da Assembleia Legislativa há divergências, mas se disse estar confiante de que o projeto será aprovado.
“Nós vamos aprovar. Este debate já pegou na sociedade e este pessoal não precisa fazer música para agredir as mulheres. A agressão não é igual à liberdade de expressão”, disse.
A divisão das opiniões pode ser medida na participação dos ouvintes durante o programa. Alguns se mostraram favoráveis, outros, não. A parlamentar, no entanto, defende que o projeto continue sendo discutido para que todos compreendam o conteúdo.
Primeiro, segundo a parlamentar, é fundamental que as pessoas entendam que o projeto não é contra o pagode. A primeira dama de Camaçari explica que na próxima semana a prefeitura da cidade comandada por Luiz Caetano vai promover um evento com bandas de pagode, entre elas, Harmonia Samba, que leva o nome de “Pagode sem baixaria”. “Volto a dizer que não sou contra o pagode. Sou contra as músicas que depreciam as mulheres”.
O apresentador Zé Eduardo colocou diversas músicas e pediu para a deputada avaliar se seriam ou não depreciativas. Luiza Maia ficou em uma saia justa quando afirmou que a música “Nega do cabelo duro” de Luiz Caldas tinha um conteúdo preconceituoso, racista.
A polêmica é grande e muito debate em torno da questão ainda deve ser estabelecido. Fato é que o assunto tomou conta de seguimentos da população e divide opiniões. A despeito deste cenário, a demora na apreciação do projeto na Assembleia Legislativa demonstra como é complicado o tramite de matérias elaboradas pelos próprios deputados.
Sobre esta questão, Luiza Maia, que está em seu primeiro mandato já diagnosticou o problema. “Tem uma cultura na Assembleia de não votar projeto de deputado. Só se vota projeto do Executivo”.
Camaçari
Ao ser questionada sobre a manobra do grupo liderado pelo prefeito Luiz Caetano, que fez o deputado estadual, Bira Corôa, declinar da pré-candidatura em nome do secretário municipal de Relações Institucionais Ademir Delgado – apoiado pelo prefeito -, Luiza Maia argumentou que as disputas dentro do PT são comuns e fazem parte da democracia do partido.
A parlamentar aproveitou para destacar o trabalho que o correligionário faz dentro da Assembleia em nome dos Direitos Humanos e no combate ao racismo. "Precisamos combater o racismo que existe na Bahia. As Instituições e as elites da Bahia dizem que não, mas são preconceituosas. O negro não está ocupando os principais espaços de poder. Seja na iniciativa privada, seja na pública. A mulher negra é triplamente descriminada”.
Questionada sobre a especulada candidatura de Luiz Caetano ao governo do estado em 2014, a primeira dama escorregou. “Só no partido temos quatro ou cinco candidatos. Não se decide socinho. Ele tem vontade de ser, mas ainda tem muito tempo para discutir o assunto”.
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A deputada estadual Luiza Maia (PT) voltou a criticar seus pares por não colocar o projeto “antibaixaria” para andar na Casa. A parlamentar revelou que nenhuma comissão discutiu a proposição e por isso não foi votado ainda.
