Política

Vaza Jato: novos áudios mostram ação do MPF para acobertar ilegalidades de procurador

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Informação foi revelada pelo The Intercept Brasil   |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 26/08/2019, às 12h24   Redação BNews


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Novos áudios vazados envolvendo juízes, procuradores da Operação Lava Jato , em série intitulada como Vaza Jato, denunciam o procurador  Diogo Castor de Mattos, integrante do Ministério Público Federal. A informação foi revelada pelo The Intercept Brasil. O procurador pagou um outdoor para louvar os trabalhos próprios, que ficou localizado na entrada de Curitiba 

Ele confessou ao corregedor-geral do Ministério Público Federal que pagou por um outdoor.  A peça, instalada em março ao lado do aeroporto de Curitiba, era ilegal. É papel do corregedor abrir inquérito sobre desvios de conduta de membros do MPF, mas Oswaldo Barbosa deu o caso por encerrado sem investigação formal – e omitiu a confissão do Conselho Nacional do Ministério Público, o CNMP, que também poderia punir o procurador.

Ainda segundo a reportagem, o coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, intermediou conversas com Barbosa para proteger Castor de Mattos, mesmo sabendo da confissão de culpa. As mensagens indicam que o corregedor disse a Dallagnol que iria suspender apurações e manter o caso em segredo. Nenhum procedimento foi instaurado para apurar a conduta do procurador, que se afastou da operação logo depois da confissão apresentando um atestado médico.

O  Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) arquivou um pedido de investigação alegando que não havia indícios da participação de membros do MPF no aluguel do outdoor. Em conversas reservadas no Telegram obtidas pelo Intercept, Dallagnol e outros procuradores da força-tarefa também recomendaram “sigilo total” aos colegas, para o caso não ganhar repercussão na imprensa. 

Na época, a Lava Jato negou publicamente que a confecção da peça tivesse sido encomendada por membros da força-tarefa. Mas um coletivo de advogados entrou com uma representação no CNMP alegando que a propaganda feria o princípio da impessoalidade e exigiu investigação sobre sua autoria e financiamento. 

Com informações do The Intercept Brasil 

Classificação Indicativa: Livre

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