Política

Filha e genro de ex-governadora são condenados por lavagem de dinheiro

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Dinheiro foi utilizado para impulsionar campanha eleitoral em 2006  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 27/09/2019, às 10h42   Yasmin Garrido


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O Ministério Público Federal (MPF) conseguiu a condenação por lavagem de dinheiro de Ana Cristina de Faria Maia e Carlos Roberto do Monte Sena, filha e então genro da ex-governadora do Rio Grande do Norte Wilma de Faria, que morreu em 2017.

De acordo com o processo, eles dissimularam a origem de R$ 200 mil, utilizados para impulsionar a campanha eleitoral de reeleição da ex-governadora, em 2006. Os recursos eram obtidos por meio de fraudes em licitações e contratos da Secretaria Estadual de Saúde (Sesap/RN), denunciadas pelo MPF no âmbito da Operação Hígia.

Ainda segundo o órgão federal, o casal, por meio de movimentação bancária com fracionamento dos valores desviados, recolhia parcelas dos contratos fraudulentos em forma de doações de campanha.

O esquema era coordenado pelos empresários Jane Alves e Anderson Miguel, já condenados pela Justiça Federal. A denúncia foi baseada em provas colhidas no curso da Operação Hígia e na delação dos empresários.

O MPF constatou que as supostas doações tinham “a finalidade de manter a organização criminosa junto ao aparelhamento estatal, (…) com conhecimento prévio do ilícito por parte de Ana Cristina e Carlos Roberto, tendo em vista que todos tinham ciência de que os recursos financeiros ostentados pelo casal eram oriundos da prática de crimes”.

Na decisão, o juiz da 14ª Vara Federal do Rio Grande do Norte, Francisco Eduardo Guimarães Farias, considerou que “restou claramente confirmado que os acusados receberam de um dos integrantes do esquema fraudulento (...) valores expressivos a título de contraprestação para manter a empresa A & G Locação de Serviços nos contratos firmados com o governo estadual, os quais seriam possivelmente pulverizados na campanha eleitoral de Wilma Faria ao governo do Estado”.

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