Política

Congressistas baianos criticam declaração de Janot sobre Gilmar Mendes: “Medíocre”

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Políticos baianos repudiam declarações de Janot  |   Bnews - Divulgação BNews

Publicado em 27/09/2019, às 14h55   Bruno Luiz e Marcio Smith


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A declaração do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de que chegou a ir armado a uma sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) para matar o ministro Gilmar Mendes, gerou críticas de congressistas baianos. Parlamentares ouvidos pelo BNews reagiram ao que disse o antecessor Raquel Dodge em entrevista a veículos nacionais. 

“Não ia ser ameaça não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele (Gilmar) e depois me suicidar”, afirmou Janot em entrevista ao Estado de S. Paulo, publicada na sexta (26).

O senador Angelo Coronel (PSD) reagiu com tom de perplexidade em relação a Janot. 

“Onde o Brasil chegou. Um acusador tendencioso e contumaz se sentiu ofendido com o contraditório e pensou em matar seu algoz. Cruz credo. O risco que corre o pau corre o machado, senhor Janot”, afirmou o social-democrata.


Para o deputado federal João Roma (PRB), a entrevista do ex-PGR foi “esdrúxula”, e a atitude dele foi “medíocre”. 

“Uma autoridade que exercia cargo tão relevante tratando de coisas da República de maneira tão tupiniquim, de maneira tão medíocre diante, da posição que ocupava. Que passa pela cabeça de um cidadão desses colocar uma arma na cintura e atirar em um ministro do STF? Fica uma coisa caricata”, atacou. “Ouvir isso de um procurador-geral da República cuja função é defender a Constituição é impressionante”, seguiu. 

Ainda de acordo com o deputado, a entrevista de Janot serve para ratificar críticas feitas ao ex-chefe do Ministério Público Federal quando exercia o cargo. Ele foi responsável por denunciar o ex-presidente Michel Temer por ter sido gravado pelo empresário Joesley Batista supostamente tentando comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (MDB).

“O pensamento que fica muito mais vinculada ao personagem do que à instituição. Serve para embasar algumas visões de pessoas que tinham visões antagônicas sobre alguns procedimentos, que foram criticados, como episódio com o Joesley, com o Temer, que mostrou que ele estava se locupletando do cargo para participar de conspirações contra a República”, declarou. 

O deputado Zé Neto (PT) acredita que a repercussão da entrevista é uma forma de discutir a polarização na sociedade e de mostrar que não se pode resolver as diferenças “no ódio e na violência" .

 “Temos que sair dessa irracionalidade para trazer novamente o Brasil ao patamar onde o interesse público seja mais importante que os sentimentos pessoais e odiosos. A começar pelo próprio presidente da República, que foi o precursor disso. Talvez essa reação de Janot diga porque ele está no poder”, avaliou.

O deputado Daniel Almeida (PCdoB) acredita que a declaração de Janot revela o desequilíbrio do ex-PGR e demonstra os riscos que as instituições brasileiras correm.

"Eu acho que a declaração de Janot causa espanto, perplexidade, reveladoras do grave risco que as instituições brasileiras, estão correndo com pessoas desequilibradas no comando. Mostra o grave risco que as instituições brasileiras estão correndo. Se alguém imagina cometer homicídio e suicídio por conta de discussões institucionais, é uma pessoa desequilibrada. Ele não  tinha controle emocional, nem político, para estar no cargo que ocupava" declarou o deputado.






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