Política

Petrobras confirma fim de atividade no Nordeste e enfrenta resistência da oposição

Agência Brasil
Presidente da estatal disse que a “natureza trabalhou contra a Bahia”  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 08/10/2019, às 19h23   Redação BNews


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O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, confirmou, nesta terça-feira (8), em audiência pública na Câmara de Deputados, o fim das atividades de exploração e refino de petróleo e gás natural no Nordeste.

Segundo ele, a “natureza trabalhou contra a Bahia”, já que o estado representa apenas 1,5% da produção da companhia, sendo a manutenção das atividades irrelevantes para a estatal.

“Nós estamos vendendo para empresas privadas interessadas nesses ativos. A Petrobras não tem dinheiro para investir em tudo”, disse o presidente da estatal.

Por conta dessa decisão, Roberto Castello Branco foi alvo de críticas de deputados baianos da oposição.

“Os interesses que estão em jogo nesse desmonte são muito grandes, não foi a natureza que trabalhou contra a Bahia, não. É o governo atual que está trabalhando contra o Nordeste. Só de salários são R$ 80 milhões por mês que a Petrobras movimenta em nosso estado, mais de 5 mil empregos agora e mais de 20 mil desde o início do desmonte. Não tem questão técnica, é entreguismo, ideologia neoliberal burra, todos os ativos da Petrobras no Nordeste sempre deram lucro. Vocês não estão preocupados com perda de empregos, em queda de arrecadação”, criticou o deputado federal Jorge Solla (PT-BA). 

Os deputados Nelson Pelegrino (PT) e Lídice da Mata (PSB) também se posicionaram contra a decisão. “A Petrobras deve sim respeito à Bahia. A Refinaria Landulpho Alves significa emprego para milhares de pessoas e royalties para diversas cidades do estado, e isso precisa ser discutido”, disse Lídice.

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