Bolsonaro encontra campo fértil com falta de protagonismo de ex-presidenciáveis

Por mais que esteja perdendo a popularidade, Jair Bolsonaro (PSL) continua em destaque na política. Não teria como ser diferente, já que está na Presidência da República. Contudo, seus oponentes nas eleições de 2018 estão cada vez mais apagados.

No primeiro turno da eleição presidencial, Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB) conseguiram 50 milhões de votos. Um ano se passou e eles têm enfrentado problemas para se manter em destaque na oposição a Bolsonaro. 

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Enquanto Haddad e Ciro se negam a convergir em busca de uma oposição mais sólida, Alckmin perdeu o posto de líder nacional tucano para o grupo do governador de São Paulo, João Doria. Já Marina Silva (Rede), que apareceu apenas como figurante na disputa de 2018, praticamente nem aparece nas articulações da oposição. Seu partido, inclusive, está analisando uma fusão com o PV.

Quem tem tido mais destaque é Ciro Gomes, que já estaria como pré-candidato para 2022. Contudo, apesar de tentar formar uma frente forte de partidos de esquerda, não tem contado com o apoio total nem dentro de sua própria legenda. Sua vice em 2018, a senadora Katia Abreu, por exemplo, votou a favor da reforma da Previdência.

De acordo com O Globo, Haddad tem tentado se articular para a presidência do PT, mas está difícil superar o favoritismo de Gleisi Hoffmann. Mesmo assim, continua forte na disputa para ser o nome de seu partido nas eleições de 2022. Ele só precisará vencer o potencial do governador da Bahia, Rui Costa. 

Quem se beneficia com essa falta de protagonismo na concorrência é Bolsonaro, que está se articulando para uma reeleição.